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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Morte - Coronavírus

 Saudações Mortais!!!

Dia 10 de fevereiro foi o último da que escrevi aqui. Já estava irritada com a situação do Coronavírus que só aumenta e ninguém faz nada para parar ou diminuir com essa praga. O "presidente" é uma piada e as pessoas, o povo em geral, é mais piada ainda porque não se cuida e não ajuda a eliminar essa droga!

Como se não bastassem essas porcalhadas todas, ainda recebo a infeliz notícia que um colega muito querido que pertencia a grupo de risco e que trabalhava na mesma empresa que eu morreu MORREU de Coronavírus!

Até quando mais nós vamos continuar com isso? Até quando mais as pessoas vão ir embora por causa desse vírus?

A visão que eu tenho é que o mundo está acabando e as pessoas estão sentadas sem fazer absolutamente nada! Só esperando a Morte chegar e levar todo mundo. 

E mais uma vez eu me pego com a ironia da coisa... quando eu queria a Morte, ela não vinha, agora que eu não quero, ela fica rondando igual a uma mariposa na luz!

Fiquei sabendo que mais um colega está com esse vírus imbecil e torço, de coração que tudo dê certo com ele e possamos trabalhar em paz logo mais, mas precisamos ver que está tudo muito maluco, tudo acontecendo muito rápido e não estamos fazendo nada para nossa própria proteção! E, para fechar com chave de ouro, ainda temos essa bestialidade de Bolsonaro e mais sua corja, com o ministro da saúde que não faz absolutamente nada e o povo imbecil só aplaude.

Com certeza, esse deve ser o fim dos tempos, pois em 41 anos eu nunca vi tanto absurdo e tanta ignomínia assim... 

Os portais do Umbral foram abertos e não resta muita esperança agora...

Até a próxima!

Ósculos e amplexos!




sexta-feira, 29 de março de 2019

Saudações mortais...

Mais uma vez aqui, neste Blog, falando sobre morte.
Confesso não estar hoje com uma visão muito positiva da vida. Me peguei pensando na minha mãe, que desencarnou em outubro do ano passado (2018). Tristeza imensa. Minha tia, que era filha dela, a filha que mais cuidava dela até hoje não superou essa perda. Cada um de nós reage de uma forma. Ela reage chorando e se entristecendo... eu fico quieta e me fecho na minha solidão, no meu mundo. 
Mas hoje, hoje me senti mal... minha vó não está aqui e nunca mais estará. Se eu tiver a feliz permissão de conseguir falar com ela no plano astral, vou poder me dar por satisfeita, mas se não for possível, só vai restar essa ideia imbecil de querer ver e falar com ela uma vez mais... e só isso.... pelo resto da vida :(
Sinto tanto... tanta coisa deixei de fazer... tanta coisa deixei de dizer a ela.
Tenho a consciência de que devia ter feito tudo o que queria fazer antes da minha avó partir, mas estupidamente não fiz... e agora não adianta se lamentar... Já deu, o tempo acabou.
O que me resta a fazer são orações.... pedir perdão a ela e tentar enviar pensamentos positivos, sem ter a certeza de que algum dia eu vou poder falar com ela...


Desculpa Vózy,
Pelo que deixei de fazer 
Pelo que fiz de má vontade
Ou pelo que não fiz
Sinto tanto tua falta...
Sinto tanto pelas conversas que 
Nunca mais teremos
Muitas vezes tu me deu alento
Quando eu estava perdida
Ainda hoje lembro daquele abraço apertado
Que trocamos,
Quando choramos e eu percebi que tu
Me amavas muito
Me perdoa
Por todas preocupações por que te fiz passar
Me perdoa por meus erros
Me perdoa por tudo
Mas agora... apenas me perdoa pelo egoísmo de 
Querer te ver mais uma vez, 
De querer falar contigo apenas uma última vez...
Quando tu estavas aqui, 
Não te dei o devido valor,
Agora quando o vazio impera
Eu percebo teu valor....
Como fui mesquinha em não te colocar
Em primeiro lugar...
Logo pra ti, que caminhou longas distâncias,
mesmo mal,
Pra me resgatar
Falhei contigo e sei que tenho que pagar
Mas não fica brava comigo,
Pois minha ignorância foi mais forte...
E agora, minha expiação é a saudade eterna
que sinto de ti...
Ah, minha Vózy,
Que bom seria se tu estivesses aqui...


Por enquanto é isso. Hoje, definitivamente não estou bem para continuar.
Até a próxima.


terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Morte

Saudações Mortais...

A vida é mesmo irônica... antigamente, quando eu ansiava pela Morte, a mesma se afastava de mim. Depois que eu parei de querer... parece que ela resolveu se aproximar. Simplesmente inacreditável.
Na verdade, não foi de mim, mas de uma pessoa que eu tinha um apreço muito grande. É tudo muito esquisito, porque a pessoa está aqui e no instante seguinte não está mais. Pode haver algo do outro lado, mas enquanto o reencontro não acontece a sensação de tristeza ao lembrar da pessoa é muito grande.
E é tão engraçado isso... todo mundo sabe que o final de todos nós é o mesmo: a Morte, mas mesmo assim insistimos em ficar triste quando uma pessoa parte antes de nós. É o ciclo normal da vida, mas causa tanta dor e tristeza que chega ser algo fora do real.
Sei lá, estou chateada com isso, ainda mais por não poder ter falado com a pessoa antes dessa
situação terrível. Infelizmente, pra mim não há mais o que fazer... a oportunidade se foi e, nessa vida, nunca mais vai acontecer. O que me resta é aceitar e acreditar que ela está sendo muito bem cuidada pelos amigos espirituais aonde quer que esteja.
Por isso é importante dizer sempre àqueles que gostamos que nos importamos com eles, que eles são importantes para nós, antes que a Indesejada chegue e não nos dê mais tempo de nada.
Isso também me faz pensar que brigas desnecessárias (todas quase sempre são) também devem ser evitadas, porque às vezes dizemos coisas quando estamos com a cabeça quente que, na verdade não queríamos dizer e imaginem a tristeza se vocês brigam por bobagem com alguém de quem gostam muito e essa pessoa sai porta afora também exaltada e acontece algo com ela e vocês nunca mais a enxergam... O tempo termina e muitas coisas que vocês gostariam de dizer pra ela não serão mais possíveis... daí bate o remorso com a tristeza e ficamos depressivos porque não dissemos à pessoa que amamos o quanto a amávamos em vida.
Bem, confesso que não estou muito inspirada para escrever hoje, mas não queria deixar de escrever algo no dia do Ementário.
E o pior que tudo parece tão confuso, que às vezes penso se não desejar a Indesejada é algo tão inteligente de se fazer....


Mas só vou pensar...


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Aos que se foram...


Saudações mortais...
Faz muito tempo que eu eu não escrevo aqui, desde a notícia do atropelamento de uma criança.
Semana que vem vai fazer 3 meses que o Rian foi embora e, por incrível que pareça, sinto saudades dele. Quando estou sozinha, se pensar muito, começo a chorar.
Fui à uma casa espírita para tentar entender o que estava acontecendo e pediram que eu tivesse paciência, mas que continuasse a frequentar as sessões. Que esta não era nem a primeira vez nem a última vez que isso iria acontecer.
Não sou dona do tempo e não posso utilizá-lo ao meu favor, mas eu queria muito que tudo isso se esclarecesse. Este clima de incerteza, se estou louca ou não, me mata e eu queria que alguém falasse de forma mais prática do motivo dessas situações.
Certo sábado (creio dia 20) eu estava na sacada olhando distraída para a rua, quando passou um ônibus e, nesse ônibus tinha um menino de cabelo preto que ficou olhando direto para mim. No meio do trajeto ele abanou pra mim, que fiquei com medo pensando em não abanar, pois ele poderia saber onde moro e vir atrás de mim. Depois achei graça dessa situação, porque era óbvio que o jovem já sabia onde eu morava só pelo fato de ver meu prédio. Quando o ônibus virou na curva e o garoto ainda me olhava, decidi finalmente abanar de forma tímida, até o ônibus sumir. Coisa estranha isso, fiquei pensando comigo mesma. Algo desse tipo nunca aconteceu antes...
De repente, veio em minha mente que o menino poderia ter sido o Rian e isso me espantou mais ainda... Perguntei aos conhecidos se era possível uma pessoa ver um espírito no meio dos vivos, como aconteceu no caso do ônibus. Um disse que sim, mas que a pessoa tinha que ser muito médium para ver o espírito. Outro disse para eu parar de encontrar algum coisa na situação, pois poderia ser um aviso de acidente de trânsito e se eu ficasse procurando, encontraria.
Sei lá, as pessoas só confundiram em vez de ajudar. Sendo assim, não me resta outra alternativa: tenho que seguir com o que meu inconsciente diz: continuar investigando essa situação, afinal as coisas não acontecem sem ter um motivo. Se fosse para eu nunca mais pensar no menino então tudo isso não teria razão de existir. Pode demorar, mas ainda vou chegar a algum lugar... Ah se vou...
 
Até a próxima,
 
 

terça-feira, 16 de julho de 2013

A Vida e a Morte

      Saudações Mortais...

      Estou dizendo, tudo sempre acontece ao contrário. Quando eu queria a Indesejada das Gentes por perto, nada acontecia. Agora que nem penso tanto nisso, Ela vive me rondando.
      Semana passada aconteceu um evento triste, mas que nada tem a ver comigo, mas eu simplesmente senti tanto como se fosse comigo.
     Colocarei as informações sobre o ocorrido e depois meus sentimentos com relação a isso.
 
Vítima do trânsito11/07/2013 | 20h14
Manifestação devido à morte de criança trancou a Juca Batista, em Porto Alegre
Rian Ritriel Neves Correa, oito anos, foi atropelado por um ônibus por volta do meio-dia de quarta.
Uma manifestação devido a morte de uma criança trancou a Avenida Juca Batista no final da tarde desta quinta-feira. No local, zona sul de Porto Alegre, Rian Ritriel Neves Correa, oito anos, foi atropelado por um ônibus por volta do meio-dia de quarta-feira.
Moradores da região bloquearam o trânsito e atearam fogo em pneus no meio da pista, conforme o Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, que apagou as chamas. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que esteve no local orientando o desvio do fluxo, informa que a passagem está liberada para veículos nesta noite.
Na noite de quarta-feira, nas proximidades do Beco São João, onde morariam familiares de Rian, ônibus foram atingidos por pedras e coquetel molotov.
Criança é atropelada por ônibus e morre na zona sul de Porto Alegre
Rian Ritriel Neves Correa, de oito anos, estava indo para a escola quando foi atingido pelo veículo

Um menino de oito anos morreu atropelado por volta das 12h30min desta quarta-feira na Avenida Juca Batista, na zona sul da Capital.
Conforme informações da Brigada Militar, Rian Ritriel Neves Correa foi atingido por um ônibus quando atravessava a avenida.
A criança, que estava indo para a escola sozinha, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
11/07/2013 18:57 - Atualizado em 11/07/2013 19:01
Protesto fecha avenida Juca Batista, na zona Sul de Porto Alegre
No local, um ônibus foi apedrejado e outro foi atingido por um coquetel molotov ontem.

  
Uma manifestação de moradores interrompe o trânsito na avenida Juca Batista, próximo à Hípica. No local, o menino Rian Ritriel Neves Soares, de 8 anos, morreu atropelado por um ônibus da linha Itapuã, nessa quarta-feira. Ativistas atearam fogo a pneus e fizeram uma barricada no local. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) está no local para desviar o trânsito pela Edgar Pires de Castro, no sentido centro-bairro, e pela Gedeon Leite, no sentido contrário.

Moradores da região exigem uma sinaleira e um quebra-mola no trecho, onde além da Escola Estadual Chapéu do Sol, onde Rian era aluno, há um curso de inglês nas proximidades. Não há faixa de segurança, nem acostamento no trecho.

Perto das 23h de ontem, um coquetel molotov foi jogado em um ônibus que fazia a linha Belém Novo, no bairro Lami, zona Sul de Porto Alegre. O local é próximo onde mora a família do menino. De acordo com o 21º BPM, o coletivo só não incendiou graças à ação rápida de um policial militar à paisana no veículo. Pouco antes do incidente, por volta das 21h30min, pedras já haviam sido jogadas contra outro ônibus na região, conforme a Brigada Militar.

Menino morre atropelado na zona Sul da Capital
Juca Batista ficou parcialmente bloqueada nas imediações da Edgar Pires de Castro

   

Um menino morreu atropelado, no início da tarde desta quarta-feira, por um ônibus da linha Itapuã, na avenida Juca Batista, próximo à Edgar Pires de Castro, na zona Sul de Porto Alegre. O acidente ocorreu às 12h30min, quando a vítima, Rian Ritriel Neves Correa, de oito anos, vinha da Escola Estadual Chapéu do Sol, a três quilômetros do local do acidente (http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/chapeu/) . A perícia e familiares da criança chegaram perto das 15h.

Moradores da região exigem há tempo uma sinaleira e um quebra-mola no trecho, onde, além da escola, há um curso de inglês nas proximidades. Alexandre Vasques, de 29 anos, proprietário de uma lavagem de carros, destacou que os pedestres correm riscos diários, pois não há faixa de segurança, nem acostamento. O comandante da 1ª Companhia do 20ºBPM, major Egon, confirmou que existe pedido na EPTC para a instalação de sinaleira em frente à escola.

O trânsito foi liberado às 17h.
15/07/2013
Estava eu navegando na internet na quarta-feira passada quando, não sei como ou porquê, encontrei as notícias acima. E isso me deixou muito mal e triste, pois fiquei imaginando a cena do menino sendo atropelado. Confesso que acho 8 anos uma idade muito nova para deixar a criança ir sozinha para a escola ou para qualquer outro lugar que seja. Penso que ele devia ir sozinho para a escola, no mínimo, desde o início desse ano. Ele devia saber que a rua era perigosa, mas naquele dia ele não seguiu a recomendação de olhar para os dois lados antes de atravessar e, talvez porque estivesse com pressa de mostrar algum brinquedo para os colegas, atravessou desatento. Imagino a força da colisão do ônibus no menino para que ele falecesse no local.
O acidente foi dia 10/07/13 às 12h30min quando ele ia para a escola, mas naquele dia ele não chegou a ir e nunca mais iria... imaginem a dor dos familiares do Rian, imaginem a tristeza dos coleguinhas, que nunca mais brincarão com ele.
Essa notícia me abalou muito, porque eu também tenho um filhote de oito anos e agradeci imediatamente a quem me cuida que não foi com ele que aconteceu isso. Por isso, fiquei tão abalada com a situação. Também senti a dor sem fim dos pais que tiveram seu filho afastado tão cedo.
Provavelmente, Rian deveria estar entre a segunda e terceira séries e quantos anos mais de estudo ele tinha pela frente? Quanto tempo teria para escolher a profissão que queria? Tudo isso simplesmente acabou por um detalhe bobo: não olhar antes de atravessar (ou o motorista estava correndo..., pois sabemos como os motoristas de ônibus são, sempre passando por cima.)
Não sei como a mãe do Riam está, mas se eu passasse por uma situação dessas não sei se aguentaria. Acho que largaria tudo de mão e ficaria sentada em um canto para sempre.
É por isso que eu penso cada vez mais, que a vida não é justa e que a morte também não é. Por que viemos para cá nesse mundo tão podre, com pessoas mais podres ainda e, quando conseguimos formar um grupo perfeito para nós temos de ficar sem elas?
Por que uma mãe tem de ficar sem seu filho? Por que uma esposa tem que ficar viúva? Por que viemos para um lugar para ficarmos sozinhos?
Confesso que achei que era mais forte, muito mais forte em relação à Morte, mas não passo de uma covarde que tem medo da única coisa certa nessa vida: todos nós vamos morrer, só depende de quando a hora chegar.
Mas na real não tinha que ser assim. Por que temos de nos separar de quem amamos? Não é justo! Depois vem os Espíritas dizerem que viemos para cá para aprender sozinhos ou com os outros o que não aprendemos nas vidas passadas. Para buscar a evolução. Fala sério! Evolução de quê, se de acordo com eles, quando encarnamos novamente não lembramos de nada da vida passada. Por que não lembrar do que fizemos para não repetir os mesmos erros? Por que sentir a dor da separação em diversas vidas? Por que a solidão?
Está certa a frase: Carpem diem, mas aproveitar a vida pra quê se no final da história tudo termina da mesma forma? Por que pessoas passam tanto trabalho sem conseguir nada para morrer depois? Para quê vir para esta porcaria de planeta se as coisas estão cada vez mais ruins? E aquele que tem rios de dinheiro e se acha o máximo? No fim, esse daí também vai morrer e apodrecer como qualquer outro. O que eu não consigo entender é o motivo desse sofrimento certo. Mesmo que os espíritas criem a teoria de que há vida do outro lado e as pessoas que amamos estarão lá para nos esperar não diminui a solidão dos que ficam aqui na terra. Pedir para que as pessoas não chorem e que fiquem alegres é besteira. Qual é a pessoa em sã consciência que perde alguém que ama muito e fica alegre porque sabe que o outro está em outro nível de energia e está bem? Mesmo que isso seja verdade, a dor é a mesma e acredito que seja ainda pior porque tu sabes que quem tu amas está vivo em outra dimensão, mas tu não o vês, não o escutas e não podes tocar nele! Para quê esse sofrimento maior? Por que conviver anos com a mesma pessoa sabendo que, um dia, seremos separados dela? Por que saber que um dia nós deixaremos nossos filhos? Ninguém deveria ser separado dos que ama nunca! Ainda mais se for em uma situação que aconteceu com o pequeno  Rian que foi cedo demais embora. Não sei porque, mas hoje faz sete dias que a criança faleceu e eu, como uma estúpida, procuro todos os dias na internet alguma notícia a mais sobre o que aconteceu depois. O motorista foi inocentado ou culpado? Qual será a pena para ele?
Sério, achei que o fato de ser bipolar podia resolver isso, mas acho que não. Mas confesso que precisava entender o motivo de eu ficar tão chocada assim com o fato e buscar desesperadamente por alguma notícia ou até foto do menino, quem sabe tentar consolar a mãe ou os familiares... sei lá.
No mínimo, seria bom se nós não tivéssemos consciência disso. Deveríamos ter um bloqueio quando a Indesejada das Gentes chegasse e levasse os que amamos. Não haveria sofrimento e solidão (já basta tantas coisas ruins que passamos aqui...)
Digo isso com propriedade, pois recentemente Ela veio me visitar, mas não era a mim que queria e sim meu marido. Foram minutos apenas, mas o tempo suficiente para eu me sentir inútil, incapaz de fazer qualquer coisa para salvá-lo, apenas impotente contra uma força acima de qualquer outra (até mesmo de deus ou o do Diabo). Aquele segundo em que o brilho dos olhos não existem mais e a pessoa que tu amas não está mais ali. Apenas o vazio, apenas um invólucro abandonado... e por mais que grites e te desesperes, não há nada a fazer, porque você e nada é a mesma coisa, é infinitamente inferior a essa força. Mas sinto-me sortuda, pois meu marido voltou depois de alguns minutos e eu respirei aliviada, porém assustada, por ter provado um décimo do que Ela pode fazer conosco, reles mortais...
  E por isso acredito que os vampiros tenham uma origem real, mas na verdade, esses seres tão fortes, misteriosos e poderosos nada mais são do que os profundos desejos dos humanos de serem intocáveis ao abraço frio da Morte.


 
 
 
 

 
 
                Sem comentários... não vejo fundamento algum em situações come essas acontecerem. É tristeza demais...
                Se existe mesmo um lugar para onde vamos depois daqui, eu desejo que ele esteja bem e, apesar de tudo, em paz.
 
 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Vazio - poema

         Saudações Mortais...

   O poema é bonito, mas terrível ao mesmo tempo, pois foi gerado a partir de uma situação real.
    Agora que não estou tão amiga da Morte... ela vive me perseguindo.

Vazio

Vi a Morte em teus olhos
E o olhar cheio de vida agora
Fitava-me sem me ver

Fiquei pequena, frágil, indefesa
contra esta força de tanta grandeza
Chamei teu nome...
Não me ouviu
Segurei teu rosto...
Não me viu

O vazio que dominou meu coração
Trouxe a certeza de que
Isto é certo ocorrer
Mas não deve ser assim
Não deve ser agora
Temos tanto a fazer,
Tanto a cuidar
O fruto do nosso amor
Precisa com os pais ficar

Então, aos poucos tu voltaste
Dizendo que tudo estava bem
Meu coração acalmou-se ressabiado
Por pensar que não estarias mais
Ao meu lado

O pior passou, eu sei
Foi apenas um desmaio
Mas foi o suficiente para
por alguns minutos
O tempo parar
Fazendo-me sentir
o teu vazio
o teu silêncio e
a tua imobilidade mórbida

A Batalha entre mim e Àquela que eu gostava
Iniciou
Por um momento acreditei
que perderia, pois lutar com tal criatura era
pura utopia

Mas quando teus olhos me
Fitaram e voltaram a brilhar
Descobri que sou mais forte
do que pensei e,
com o amor que sinto por ti,
minha vida
Te fiz voltar
E aquela que só carrega
o fim e a solidão
Desapareceu sombriamente na escuridão
Para talvez levar, de sua Lista,
os outros que estavam
mais à frente...

Vampyra Morgh


    Não era um bom momento, mas depois do que aconteceu e do que eu vi, achei que precisava escrever.
     Ósculos e amplexos.
     Até a semana que vem,


quarta-feira, 20 de março de 2013

Morte

      Saudações Mortais...

Não sei o que é, mas sinto algo estranho. Talvez eu esteja perto de uma crise bipolar (depressão)... mas ultimamente me sinto triste, sufocada e muito aérea com as coisas.
 Além desse blog, tenho mais 5  (meus) e mais um no qual fui convidade a postar. Simplesmente não consigo estabelecer uma linha de raciocínio para organizar as postagens e o conteúdo de cada blog. Quando tenho as ideias, normalmente estou presa na minha sala de bibliotecária para catalogar os benditos livros. E isso me mata aos poucos (ficou estranha a frase para um imortal, mas vá lá...)
  Às vezes dá uma agonia olhar pela janela e ver um tempo lindo lá fora e eu aqui, presa nessa sala. Sei que se eu quisesse sair ninguém me impediria, mas eu seria descontada no salário. Acho que não faço isso para não ter de me incomodar com a minha superior.
  Mas toda a vez que eu olho pela janela sinto um desespero tão grande que dá vontade de gritar. É como se a vida estivesse acontecendo lá fora e eu estive morta aqui dentro.
  É todo o dia a mesma coisa, passar 8 horas em um lugar fazendo a mesma coisa. Ironia da vida? Eu que abomino rotina tive a "inteligente" ideia de escolher a profissão mais rotineira do mundo. Onde é que eu estava com a cabeça quando fiz isso?
  Como a maioria dos bipolares, adoro tudo o que tem a ver com arte e criação. Eu sou uma pessoa criativa na essência. Escrevo, produzo bijouterias, desenho, pinto, bordo, faço trico, crochê e se eu relembrar, posso voltar a tocar piano e violino. Sou dona de 6 blogs que, acredito, são criativos. E, apesar de tudo isso, resolvi escolher biblioteconomia. A profissão é linda, mas é muito técnica e repetitiva. E eu não vi isso quando fiz a faculdade...
   E agora não tenho vontade de fazer outro curso. O que eu queria mesmo era sair por aí, caminhar, encontrar novidades e depois contar o que achei.
   Essa coisa do tempo passar rápido demais e eu não aproveitar me agonia. Por incrível que pareça desde o início do ano eu estou assim, com a sensação de perda. Nunca em toda a minha vida eu tive tanta ciência da Morte, nunca Ela foi tão palpável. Sei que não posso pensar assim, mas meu coração aperta quando olho meu marido e meu filho e sei que um dia vou me separar deles. Não quero saber se vou encontrá-los do outro lado da vida, o que me angustia é essa certeza. A certeza de que eu vou morrer, de quem eu amo eu nunca mais vou ver. E isso tem me deixado  desesperada. Penso em falar com meu marido, mas nem sei se vou conseguir por começar a chorar.
   Confesso: não quero pensar na Morte (por mais que eu a tenha desejado, agora eu quero distância dela), quero viver minha vida junto aos que amo sem ficar nessa paranoia. Mas não sei se consigo. Seria essa sensação algum sintoma bipolar?
    Acho que a vida deveria ser como naquele filme do Brad Pitty: nascer velho e morrer novo. Quando se nasce, não lembramos de nada (ao menos eu não lembro de como foi quando nasci). À medida em que crescemos, vamos caminhando lentamente para o fim. E vemos tudo ao nosso redor mudar. Já não temos mais o mesmo fôlego de antes, não somos mais jovens e às vezes precisamos que outras pessoas nos auxiliem para que consigamos fazer determinada coisa. Então, por que morrer velho, com consciência de que estamos velhos? Por que não nascer velho e morrer jovem? Se fosse assim, acho que seria uma morte muito linda: morreríamos muito jovens e, por sermos jovens (como bebês) não teríamos a mesma consciência de um idoso e não nos desesperaríamos por estarmos morrendo não teríamos noção da Morte e da ausência dos que amamos.
   Ou melhor ainda: deveríamos ser vampiros, para transformarmos quem amamos em imortais. Nós jamais iríamos nos separar, nunca mais envelheceríamos e teríamos todo o tempo do mundo para VIVER A VIDA, coisa que não fazemos hoje por causa da maldita falta de tempo. Não sofreríamos com a dor e com a ausênci e, finalmente, nós seríamos livres.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Sta Maria globo

           Saudações Mortais...

       Sei que a reportagem está mais antiga que a múmia do Egito, mas eu precisava postá-la mais cedo ou mais tarde.
       Para não perder o rumo da coisa, eu discordo veementemente com a informação. Certo, as pessoas que perderam seus entes queridos estão deveras sensibilizados com a situação, mas que que Diabo! A minissérie já estava programada muito antes do incêndio acontecer. Quem ve parece que o pessoal da Globo estava esperando para a tragédia ocorrer para estreiar o Pé na Cova.
       As pessoas deveriam saber que as coisas acontecem independente do incêndio, pois Santa Maria não é a única cidade do mundo. Quando uns morrem outros continuam vivos, não é assim que acontece na vida?
       E outras: qual o problema de se falar em morte? Confesso, não gosto tanto dela quanto achei que gostava, mas a única certeza que todos nós temos é que todos vão morrer em algum momento, uns mais cedo, outros mais tarde. Para quê criar tabu com a morte? Ninguém quer perder quem ama e ninguém quer deixar quem ama, mas essa é a única certeza que temos nessa vida. Agora ficar fazendo fiasco porque uma minissérie que fala sobre morte vai ao ar no mesmo final de semana em que centenas de pessoas morreram tragicamente é sem fundamento.
       Mas quem sou eu para falar sobre isso? Provavelmente vão dizer que escrevo isso porque não tenho parentes mortos na Kiss...
       Bem, se eu tivesse com certeza não implicaria com a Globo, porque infelizmente, o mundo não gira em torno de mim e dos meus. Ele continuará depois que eu e toda minha geração deixar a terra. Simples e triste assim...
 
 


Após tragédia em Santa Maria, minissérie “Pé na Cova” é considerada uma gafe

A nova série da Rede Globo, "Pé na Cova", tinha tudo para ser uma história divertida, que mistura humor e morte. Mas, infelizmente, a estreia da atração de Miguel Falabella coincidiu com a tragédia do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que até o momento deixou 235 mortos

Para piorar a situação, no domingo (27) que aconteceu o desastre, o Twitter oficial da Globo publicou uma mensagem convidando os internautas a criarem lápides engraçadas. "Já brincou de criar sua lápide divertida?", escreveu algum profissional da emissora, que ainda incluiu um link que levava ao aplicativo para montagem de lápides.
Logo em seguida, os internautas começaram a se manifestar e a mandarem mensagens de fúria. "Tem vergonha não? Dia triste, e você fazendo tuítes de #PéNaCova", disse um dos seguidores. Apesar de demorar um tempo para deletar a mensagem polêmica, o responsável pela conta no microblog pediu desculpas: "Claro que o tuíte de #PéNaCova foi uma infeliz casualidade, pela qual nos desculpamos. Estamos solidários com as famílias de Santa Maria/RS".
De acordo com o colunista Ricardo Feltrin, do jornal "Folha de S. Paulo", o profissional que tuitou no perfil da Globo foi afastado, mas não demitido. O caso acabou gerando uma crise nos bastidores do seriado, onde parte do elenco defende que "Pé na Cova" não fosse ao ar nesta semana. Desse jeito, a atração não iria tocar no assunto "morte" em um momento delicado como o que a população brasileira está vivendo.
Mas a Globo afirmou que o capítulo desta quinta-feira (31) irá ao ar.

               Mas quem sou eu para dizer algo?
           A única certeza que tenho nessa vida é que nada sei.

 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Comercial proibido Veloster

   
             Saudações Mortais...

         Sinceramente não sei por qual motivo proibiram a propaganda. Afinal, é sabido por todos nós que vamos (infelizmente) partir um dia.
         O pessoal do marketing só queria mostrar que era mais seguro se houvesse mais uma porta... só isso...


 
    
    Como sou eu, não poderia deixar de gostar da propaganda, mas vocês hão de convir comigo que ela é redundante. Matar a Morte? É de se pensar...
    Por hoje era isso. Até a próxima (se houver)...
 
 
 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Sobre a Morte...

      Saudações Mortais...
 
 
      Não comecei o ano de 2013 bem. Na verdade, nada bem.
      Sempre achei que a Morte fosse algo benéfico para mim, mas nunca percebi que não havia nada de benéfico Nela se eu não estivesse sozinha. Ir embora, deixar este mundo e deixar de existir não é ruim se somos solitários, mas quando existem pessoas que amamos e que nos amam, aí sim a coisa complica.
      Havia tempos que eu acreditava que se morresse e deixasse quem eu amasse livre da minha presença seria algo positivo, mas verifico que não é. Os que vão embora deixam um grande vazio em nossos corações. Não sei o que acontece quando morremos, se ocorre semelhante a dormir, quando caímos no sono e “apagamos”. Não sei se somos levados por outros espíritos para outro plano astral, embora os espíritas afirmem que sim ou se acontece como nas máquinas, que quebram e simplesmente param de funcionar.
      A verdade é que iniciei 2013 com esse sentimento terrível de perda. De medo do momento em que eu tiver de ir embora ou quando alguém que eu amo ir embora. Meu primeiro sentimento nesse ano foi com a perda do nosso porquinho de estimação: Darwin. Independente se é só um bichinho, o mesmo tem vida, sentimentos, diferindo apenas na espécie. Lembro como se fosse ontem e toda a vez fico triste, com vontade de chorar. O porquinho há 3 dias não estava bem, parou de comer e de beber água. Parecia que ele queria comer, mas não conseguia. Quando pensei em levar ao veterinário, foi tarde demais. Como eu estava de férias, acordei no dia 7 de janeiro perto das 11h e fui direto para a gaiola do Darwin, para ver como ele estava. Como na noite anterior, ele estava deitado num canto da gaiola, sem se mexer  e eu, tentando melhorar a situação do bichinho, peguei ele no colo para ver se ele melhorava, mas ilusão a minha, ao pegá-lo, percebi que ele nem tentou fugir como sempre fazia quando estava bem. Simplesmente deixou que eu o pegasse. Fiquei com ele no colo por alguns momentos e comecei a chorar chamando o porquinho de idiota, porque ele tinha de reagir, tinha de melhorar, mas não foi isso que aconteceu. Ele tremeu forte duas vezes e eu o coloquei no chão, achando que facilitaria e que ele começaria a caminhar, mas não foi isso que aconteceu. Permaneci segurando o Darwin, para que não caísse, então ele tremeu de novo pela terceira vez e partiu. Quando percebi isso, comecei a chorar de novo. Meu filho veio saber o que acontecia e começou a chorar também quando eu disse que o porquinho tinha morrido. O pior de tudo isso foi a percepção que eu tive de que o Darwin tinha esperado apenas pelo momento de eu pegá-lo no dia seguinte, como se soubesse que iris partir no dia 7 e estivesse só esperando por mim para se despedir.
      O momento da morte é terrível. É como se o corpo de quem está indo embora tremesse todo quando a alma vai embora e depois fica aquele corpo inerte, com olhos sem brilho mirando o vazio. Só presenciei isso uma vez quando meu periquito morreu de velho. Aconteceu a mesma coisa com o Edgar, quando ele partiu. Se isso me abalou tanto com um bichinho de estimação, penso em como será quando acontecer com uma pessoa que eu gosto muito, com algum parente meu... confesso que não sei se conseguirei suportar tal coisa. Nós nos acostumamos tanto com a presença seja do bichinho, seja da pessoa ao nosso lado, com suas manias, suas características e sua forma de expressar seus sentimentos. E quando tudo isso acaba? E quando olhamos para um canto da casa onde o bichinho ficava e só vemos um vazio? E quando olhamos para a cama e vemos o vazio que o marido ou esposa deixaram porque partiram e nunca mais voltarão?
      Os espíritas dizem que a morte não é uma coisa ruim, que é natural e que, em determinado tempo, nós nos reencontraremos com os que amamos em outro plano. Também dizem que não devemos ficar tristes pela ausência deles, pois é tudo passageiro. Pensando por essa lógica, acho o pensamento reconfortante, mas quem é que me garante que isso vai acontecer de fato? Quem é que garante que eu vou reencontrar em algum momento, todos aqueles que foram embora antes de mim? E se isso for verdade, como viver dia após dia com a ausência da pessoa ou do bichinho? Se a pessoa não tem o dom, como saber que o ente amado está por perto, esperando por ele ou ela (como aconteceu no Ghost)? Podemos estar acompanhados dos que amamos, mas se não pudermos sentí-los ou vê-los, como aplacar a saudade e a ausência de nossos corações?
      Não sei resposta alguma para essas perguntas, mas sei que tudo é muito complicado e doloroso. Tento não pensar nisso, mas não sei o que farei se eu for depois dos que amo. Infelizmente, sou muito emotiva com esse tipo de coisa e acho que não suportarei continuar longe das pessoas que ficaram comigo por tantos anos.
      Existe um filme com o Brad Pitty que conta a história de um homem que nasce velho e morre jovem. Chico Anysio em uma entrevista também disse que deveríamos nascer velhos e morrer jovens. Concordo plenamente, pois é quase impossível lembrar de como foi o nosso nascimento, se doeu ou não, se foi traumático ou não, mas lembramos ou estamos conscientes do momento de nossa morte, pois sabemos que estamos deixando esse mundo. Pra quê envelhecer e saber, aos poucos, que estamos caminhando para a morte? Pra quê morrer sem ter a mesma agilidade de quando se é jovem, cheio de doenças da idade, de restrições. Sei que existem idosos que dão muito show em pessoas mais novas, mas vamos ser realistas, uma hora, por mais que a pessoa tenha uma vida saudável, o corpo não vai aguentar e vai parar (salvo se for um vampiro). Então me respondam, porque viver? Vejam os exemplos das pessoas que morreram na tragédia de Santa Maria. Imaginem o pavor dos que não conseguiram fugir. Imaginem centenas de jovens desesperados, tentando achar a saída, pisando uns nos outros enquanto a fumaça os asfixiava. O que é que deve ter passado na mente deles naquele momento de terror? E aquela jovem que enviou um pedido de socorro pelo Facebook? E os familiares dessas pessoas? O desespero que não devem ter passado ao saber que seus filhos que estavam um dia antes alegres e contentes agora não passavam de um corpo inanimado a espera de reconhecimento? Li sobre a história de um cara que era casado e que conseguiu sair da boate e salvar a esposa, mas que retornou para salvar mais pessoas e infelizmente acabou morrendo. Imaginem como a esposa dele não ficou. O ato foi heroico, mas a esposa merecia ficar viúva? O que será das noites dela ao olhar para a cama e pensar que o marido poderia estar com ela, mas não estava porque optou por salvar outras pessoas e não conseguiu se salvar? Houve a história de outro jovem que salvou 14 pessoas, mas também não conseguiu se salvar... a irmã dele disse que se ele tivesse sobrevivido, ficaria muito irritado por não ter podido salvar as pessoas. Houve outro caso que me chamou muito atenção. Estava vendo as fotos de algumas vítimas na internet, quando me deparei com a foto de Allana Willers. Havia uma informação de que ela tinha 18 anos, cursava jornalismo e era autora do Blog Cool Closet: http://cool-closet.blogspot.com.br/. Por curiosidade, resolvi visitar o blog. Verifiquei que a última postagem era de 31 de dezembro e que ela escrevera: “Aguardem, pois graaandes novidades estão por vir para as leitoras lindas aqui do  blog!” Olhem a ironia da coisa: a jovem tinha planos para 2013 e nem suspeitava que no dia 27 de janeiro, deixaria este mundo com tantos planos pela frente. Pelo blog é possível perceber que ela adorava moda, mas optou pela faculdade de jornalismo justamente para poder escrever e estar presente nas atualidades sobre moda. Ela também tinha sido convidada por uma rádio da região para participar com um amigo de um programa sobre moda, mas infelizmente nada disso aconteceu porque ela morreu. Quantos planos, projetos e sonhos ela não tinha? Quantas pessoas que ela amava e que amavam ela não foram separados de forma brusca? E o pior, eu que não conheci a moça, fiquei triste ao ler a postagem de 31 de dezembro e saber que nunca mais haverá postagem alguma no blog, porque a autora deixou este mundo.
      Os espíritas dizem que viemos para cá para nos aperfeiçoar, mas pergunto, aperfeiçoar o quê, para quê? Para sofrermos com as coisas que acontecem? A vida aqui não é nada bonita e tende a piorar. Já temos tantas provas, tantas coisas ruins e ainda temos de ficar longe daqueles que amamos.
      Talvez por isso existam os vampiros, para tentar iludir que a vida é eterna, que nós não precisaremos ficar longe de quem amamos e que há sempre um lado positivo neste mundo.
      Por isso me revolto tanto quando percebo que as pessoas passam a maior parte de suas vidas longe dos amigos, da família para ficarem presos trabalhando como escravos. Precisamos do dinheiro para realizarmos nossos sonhos, mas não há fundamento algum em poder realizar um sonho ou projeto se quem deveria estar ao nosso lado, partiu e nos deixou sozinhos. Não concordam?

 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Não tem nada melhor para fazer?

         Saudações Mortais...

      Essa nova informação simplesmente me deixou pasma, boquiaberta e deveras espantada com a capacidade que as pessoas têm em deixar certas situações piores do que já estão.
       Fiz questão de transcrever todo o texto de Regis Tadeu aqui no blog, colocando as devidas referências, para dizer que faço minhas as palavras dele. Isto é pior do que deselegante é atroz e infame.
       Se queriam fazer algum tipo de homenagem então que colocassem as fotos das pessoas com uma música clássica ao fundo e, de repente, uma mensagem de saudade, carinho ou conforto aos que ficaram, mas não essa palhaçada totalemente desafinada. Se não podiam juntar todos os cantores, então que não fizessem, mas colocar pedaços da música e juntar depois... sinceramente. Acho que o beócio que teve essa ideia deve ter fumado um cigarrinho do Capeta.
       Francamente!

‘Homenagem’ musical do ‘Fantástico’ aos mortos de Santa Maria é um desrespeito total



Em pouco mais de um minuto e meio foi escrita mais uma página vergonhosa da história da TV brasileira.
Por favor, clique aqui e tente assistir a este vídeo sem vomitar...
O que você acaba de ver foi ao ar domingo passado no Fantástico e é desde já uma das coisas mais deprimentes não só da história da música brasileira e da TV ao mesmo tempo, mas também uma das mais nauseantes demonstrações de oportunismo sórdido e barato de todos os tempos.
Como se não bastasse todo o sofrimento decorrrente da tragédia de Santa Maria (RS), algum “ser iluminado” teve a inacreditável ideia de fazer uma espécie de “We Are the World” em ‘tributo’ aos mais de 235 jovens mortos na boate Kiss.
Não posso acreditar que a produção do programa não tenha ficado profundamente embaraçada com o resultado final desta “homenagem”, da qual participaram como cúmplices Sandy, Luan Santana, Seu Jorge, Michel Teló, Paula Fernandes, Sorriso Maroto, Naldo, Tchê Garotos e Fernando & Sorocaba, que simplesmente assassinaram “Por Enquanto”, composta por Renato Russo e popularizada por Cássia Eller. Todos com a típica cara “meus Deus, o que estou fazendo aqui?” e pior: fingindo tristeza. Pior do que a tristeza em si é fingir que se está triste...
O curto vídeo tem duração suficiente para se tornar um troço constrangedor e absurdamente desafinado. Está claro que cada um dos “cúmplices” está cantando a música em seu próprio tom como se estivesse em um “karaokê de velório” de alguém que não conhecia e depois cada imagem foi pessimamente editada, resultado de uma produção tosquíssima. Cada um dividiu a métrica da letra de um modo diferente e o tempo de interpretação foi o que deu na telha dos envolvidos. O resultado foi a tentativa de criar “duetos”, o que resultou em uma aberração sem precedentes na história musical da TV brasileira em todos os tempos.
É inacreditável que alguém da produção do programa realmente tenha pensado que isto seria uma “homenagem”, ainda mais com uma canção que nada tem a ver com a tragédia. Está claro também que tudo foi gravado com uma enorme pressa, montado de qualquer jeito – em vários momentos as vozes não “batem” - e jogado no ar com aquele sentimento de “seja o que Deus quiser”. Também tenho certeza de que vários artistas convidados recusaram o convite para participar deste ato desrespeitoso. Ponto para eles na escala de hombridade...
Se eu fosse familiar de qualquer jovem que tenha morrido na tragédia, pensaria seriamente em processar a TV Globo por “atentado ao respeito humano” ou algo do tipo. Seria muito mais bonito e verdadeiro se mostrassem as imagens dos artistas fazendo um minuto de silêncio dentro do programa. É claro que ninguém pensou nisto. Afinal, quanto vale um minuto do Fantástico na tabela de anúncios publicitários? Seria jogar dinheiro fora, né? Pelo amor de Deus, que falta de sensibilidade!
Peço sinceramente aos meus amigos que jamais – repito: JAMAIS! – ousem fazer algo deste tipo quando eu morrer. Caso contrário, voltarei para assombrar a vida de cada um...




    Depois dessa, só me despedindo...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

      Saudações Mortais...


Vão me condenar, crucificar, excomungar e mais uma série de coisas, mas vamos concordar que a mídia sobre a cidade do interior do RS está enfadonha.
Foi uma tragédia, a boate não estava dentro do regulamento, os bombeiros haviam comunicado isso, a saída não era apropriada e os seguranças impediram as pessoas de sair, porque elas tinham de pagar antes. É doloroso, triste e desesperador ficar sem aqueles que amamos, eu mesma nem sei se suportaria se algum deles for embora antes de mim. Porém, meu prisma é de que há muita especulação, muito alarde sobre isso. Por que é que esse acontecimento não pode ser resolvido de forma rápida e lógica? Os donos da boate estavam irregulares, foram avisados, estavam sem alvará. O material do teto era altamente inflamável e o beócio do vocalista da banda resolveu fazer um show pirotécnico dentro de um lugar fechado. Os donos não sabiam o que o vocalista ia fazer ou o cara tirou do bolso um pó e disse: Abracadabra e o fogo se fez?
Se aconteceu tudo isso ou não, não sei, pois não posso afirmar sobre alguma coisa que não presenciei, apenas posso opinar de acordo com o que leio e vejo por aí. Por que raios a polícia não resolve isso de uma vez? Sim, eles têm de apurar os fatos, mas o certo é que 235 pessoas morreram em decorrência da negligência tanto dos donos do Kiss, quanto dos caras da banda, só isso. Não foi o Senhor das Trevas que surgiu do nada e fez o teto incendiar. Foi falha humana e nada mais. E por que não resolvem isso logo? Até para que as famílias e amigos das vítimas não tenham de sofrer mais ainda com toda essa exposição e possam descansar desse trágico acidente. Se fosse eu, com certeza iria querer reclusão e sossego e não um bando de repórteres, passeatas e coisas do tipo para chamar a atenção.
A justiça infelizmente é falha e demorada e, mesmo que ocorra, jamais trará os que amamos de volta. Ao menos não nesta vida.
E o que falar das pessoas que morrem todos os dias agredidas, assaltadas, violentadas ou com uma bala perdida? E se fosse uma vila que pegasse fogo e muitas pessoas morressem, haveria tanta mídia, tanta passeata, tanta mobilização de outras cidades, estados e países. Políticos cancelariam seus compromissos para prestarem condolências aos que ficaram?
Tenho minhas dúvidas sobre isso e espero estar enganada, mas basta notar que, se o ser humano fosse tão caridoso, nobre e solidário muitas pessoas não teriam morrido espezinhadas por outras que tentavam desesperadamente sair daquele lugar, feito um bando de bichos enlouquecidos. No mínimo, tentariam empurrar uns aos outros para a saída. Mas esta é a natureza humana, embora existam pessoas (como o cara que salvou 14 e morreu e que pena que não houve ninguém para salvá-lo...) que fogem do padrão, mas nem sempre conseguem para si o que fazem para os outros.
É triste e lamentável uma situação tão extrema quanto essa: diversão, alegria, descontração X pânico, tristeza, tensão em um espaço tão curto de tempo, mas como dizem por aí: “Faz parte”. Apesar desse hediondo acontecimento, o mundo não gira em torno de uma determinada cidade e, por mais que doa, é preciso lembrar que...
A vida continua.


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Fotos post mortem

                 Saudações Mortais....

      Para fechar esta semana com chave de ouro, queria postar sobre um assunto que acho deveras elegante, mas confesso eu, não sabia que as pessoas dos séculos anteriores cultuavam de forma tão... bizarra.
      Na verdade, não sei se bizarro seria a palavra certa, mas enfim...
      Fiquei sabendo deste hábito quando uma amiga minha me mostrou umas fotos estranhas, nós vimos e percebemos que havia alguma coisa errada, mas não sabíamos o que era. Encafifada com as fotos, decidi pesquisar na internet sobre estas fotos e adivinhem o que foi que eu descobri?
     Que estas fotos antigas, de pessoas antigas e esquisitas são chamadas de fotos Post Mortem, ou seja, são foto tiradas de pessoas vivas com pessoas mortas! Imaginem vocês... em 1800, as pessoas tiravam fotos com amigos ou parentes mortos para tê-los na lembrança! Na época, as fotos eram caras e, conforme minhas pesquisa, foi depois que a Rainha Vitória fotografou um ente falecido que este hábito se espalhou entre as pessoas....
     Pesquisei em um site muito bom Além da Imaginação sobre as fotos e coloquei aqui.



As fotos "Post Mortem" aparentemente tiveram origem na Inglaterra, quando a Rainha Victoria pediu que fotografassem um cadáver de uma pessoa conhecida, ou um parente, para que ela guardasse como recordação.
A partir desse momento, o "costume" lentamente se espalhou por diversas partes do mundo, sendo que várias familias passaram a fazer amesma coisa, guardando para si uma mórbida recordação do ente querido que havia partido.
Até os dias de hoje, por mais estranho que se possa parecer, em alguns lugares ainda se tem esse costume.
Durante o século XIX, o ato de fotografar os falecidos era bem mais comum, parecendo nos dias de hoje algo "mórbido" e sem sentido, mas naquele tempo se tornou um costume natural.
Criar álbuns com fotos dos familiaares e amigos mortos, era uma espécie de negação da morte, ao mesmo tempo que as fotografias tornavam-se recordações guardadas pela família para se lembrar daqueles que se foram.
Além disso, observa-se que "fotografias" naquela época era um grande luxo, devido ao elevado preço para produzi-las e também devido à pouca quantidade de câmeras fotográficas e profissionais disponíveis.
A fotografia "Post Mortem" em si era algo bem caro, e funcionava como última homenagem aos falecidos.
No ato de fotografar a pessoa que morreu à pouco tempo, estando o corpo em estado "fresco", eram criados verdadeiros cenários elaborados com composições muitas vezes complexas de estúdio para fazer os álbuns dos mortos, e assim tornar a morte menos dolorosa.
Em outros casos, após algum tempo do falecimento da pessoa, e ocorrido o "rigor mortis", era necessário inventar situações complicadas para a foto ficar natural, envolvendo a instalação de calços sob cadeiras e inclinar a câmera fotográfica para que a cena se ajustasse a posição fixa do cadáver.
Para essas fotos o importante era fazer parecer que os falecidos estivessem dormindo ou em posições de pessoas "vivas".
Com isso, era comum fotos com grupos de mortos e também de pessoas vivas sentados fazendo poses com cadáveres.
Em algumas montagens, eram colocadas estacas de madeira por dentro da roupa dos cadáveres, ao mesmo tempo que eram maquiados e colocados em posições como se estivessem vivos, como: em pé ao lado de familiares, sentados com pernas cruzadas em sofás, lendo livros, abraçando um ente querido, ou outra pose que fosse normal para quem estivesse vivo.
Grande parte das fotos de bebês eram coloridas artificialmente para dar um tom de vida ao cadáver das crianças.


          

FONTE
http://www.alemdaimaginacao.com/

       Agora olhem as fotos... confesso que até eu que gosto disso, fiquei impressionada.



Nesta foto, as informações são de que o pai e o bebê estão mortos. Fala sério, quem é que pagaria para
tirar a foto do pai e do filho mortos... Dá para perceber que eles não estão vivos... que forma de
se guardar a imagem de alguém na memória.
 
Parece um anjinho... a critividade dos fotógrafos em tirar uma foto que quase parece que a criança está dormindo...

Bem, essa aqui nem tem comentários...


Dizem que a menina que está em pé está morta e a sentada está viva. Bem,
podemos notar a coloração diferente na mão da menina que está em pé.
Queria saber o que se passa na cabeça da menina viva.

Esta moça está morta. O corpo é sustentado por madeira...
Confesso que eu não diria que ela não está viva.

No site Além da Informação diz que esta foto foi tirada no Brasil em 1930 em São Paulo.
Se isto for verídico, porque eu não tenho a fonte da informação, este hábito não é tão antigo quanto eu imaginava... Credo...

Custei a acreditar quando li que nesta foto todas as moças estão mortas. E a
moça que está de costas, "ficou" nesta posição porque seu rosto estava desfigurado.
Se é verdade eu não sei, mas deve haver um motivo, já que não é normal posar de cotas para
as  fotos.

Adivinhem, o irmão está morto. Olhem a cara da menina.. acho que não está muito contente.
O que é que passa na cabeça dos pais em fazer a menina passar por algo desse tipo.
Confesso que por mais que eu goste da Morte e de assuntos mórbidos, jamais faria meu
filho passar por isso.

Nesta foto, a moça deitada está morta. Como é que o pessoal ainda consegue rir?


Essa é pior ainda, porque a própria mãe está segurando a filha.
Depois de tudo isso, nem sei se o menino que está de pé, não está morto também.


Sem comentários...

Novamente, sem comentários....


Notem que alguém colocou um blush para dar aparância saudável.
Provavelmente alguém também deve ter feito com que a boca do menino
parecesse estar sorrindo.

Esta foto tem a informação de que foi tirada com a pessoa dentro do caixão.


A informação é de que é a menina do meio que está morta. Fala sério... eu me confundiria, não saberia
identificar que ela já tinha partido dessa...


       Bem, vou procurar mais fotos deste estilo para postar aqui, mas confesso que achei deveras assustador.
       Bem que as pessoas poderiam tirar as fotos enquanto os outros estavam vivos... é estranho pensar que pessoas só foram fotografadas depois que morreram. Será que fizeram algo desse tipo com Beethoven, por exemplo? Vou pesquisar também.

     Até a próxima,