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sábado, 21 de novembro de 2020

Randonautica

 Olá Mortais, 

Esse vídeo vai ser muito direto, até porque quero postar logo, porque achei o vídeo recente e com um assunto que deve ser sempre lembrado.

Mais tarde farei outras postagens, explicando o motivo de ter sumido e tudo mais.

Mas o que importa agora é colocar esse vídeo aqui.


Era isso. Depois eu falo minha opinião sobre esse aplicativo, mas no próprio vídeo o rapaz já explica o que é.
Fico por aqui. Se alguém tiver alguma teoria sobre esse aplicativo e quiser deixar nos comentários, vai ser bem vindo.
Até mais,




sábado, 30 de maio de 2020

Períodos incompreensíveis da vida

Olá Mortais,

Pois então, eu nunca, nunca imaginei que fosse vivenciar uma loucura tamanha dessas! O mundo na luta contra o Coronavírus! A quantidade absurda de pessoas que morreram e a quantidade de pessoas que estão doentes. É bizarro!
E, para piorar a situação, ainda temos o nosso país sendo governado por um cara mais "louco que loucura", como dizia o meu tio. Não vou entrar em pormenores políticos aqui, porque o blog não é sobre isso. Mas, tenho certeza de que se eu colocasse aqui os vídeos sobre o Coronavírus já seria um prato cheio para classificar como terror os atuais acontecimentos.
Eu só gostaria que as pessoas que andam por aí, com a mentalidade bolsomínia, que tivessem uma luz em seus cérebros e percebessem que elas não moram sozinhas no planeta e que elas não são as únicas que importam! A principal preocupação delas é com o comércio, mas nenhum ser trabalha se estiver com o Coronavírus, porque a pessoa morre! Mas temos de perceber que essa gente parasita só pensa assim porque o vírus ainda não visitou nenhum parente, amigo ou ele próprio, aí sim o discurso fica diferente e faz todo o sentido ficar em quarentena. Gente sem noção!

Bem, no ano passado, os Espíritas já falavam alguma coisa sobre a chegada de tempos difíceis, se não me engano, haviam falado alguma coisa sobre o ano de 2019, mas 2019 terminou e nada aconteceu, o problema mesmo começou a acontecer em 2020, bem no início!
Para o pessoal que não acredita em Espiritismo, isso tudo pode parecer uma bobagem, mas não é e faz todo o sentido! Esse período ruim pode ser uma experiência para que possamos aprender a dar valor a certas coisas que, para nós não tinham importância nenhuma antes.
Será que pessoas que pensavam em suicídio antes, vendo toda essa gente morrer ainda pensa em acabar com a própria vida? Será que, ao ver a tristeza de pessoas que perderam seus entes queridos, não mudam de ideia em relação a deixar esse mundo?
Tudo isso que está acontecendo está servindo de lição para nós. Eu desejo que todos possam perceber
isso e possam buscar melhorar a si como pessoa, pois este é um período de pensar coletivamente! Na verdade, nós sempre deveríamos pensar coletivamente, desde sempre, porque não vivemos isolados. O mundo não é só nosso e tudo o que fazemos, resulta em consequência para nós e para os outros, porque tudo funciona interligadamente! Simples assim.
Pobre daquele que acha que tudo gira em torno de si. Esse sim é o que precisa perceber mais do que os outros que a vida, que a Terra não está aqui para serví-lo e sim para auxiliá-lo, para torná-lo alguém melhor, como em um lindo trabalho de cooperação e não como um trabalho de servidão.
Desejo realmente que as pessoas possam compreender isso o mais breve possível, pois isso só trará benefícios a todos e, principalmente, a cada um de nós.
Afinal, quem é que não quer se tornar uma pessoa melhor?
Bem, queridos Mortais, vou ficando por aqui.
Peço encarecidamente aos que me acompanham no Blog, que pensem com carinho no que escrevi, que opinem, que acrescentem ideias, que compartilhem com as pessoas que lhes são importantes essa ideia e que, principalmente, entendam que a vida é muito importante para ser ceifada por um vírus como esse. Vamos lutar pela vida, vamos nos proteger!

Ósculos e amplexos!




terça-feira, 25 de setembro de 2018

Não adianta...

Saudações Mortais...

Cá estou eu, Vampyra Morgh (lado bipolar), escrevendo aqui de novo...
Eu havia prometido a mim mesma que não ia mais escrever nesse Blog quando comecei a estudar o Espiritismo, mas cheguei a conclusão que não posso fazer isso. Não posso simplesmente apagar esse meu lado sombrio, digamos assim. Faz parte de mim e eu não tenho como eliminar algo que faz parte de mim. É como um texto que eu escrevi há anos sobre a Importância do trabalho com a sombra no meu blog de Bruxaria.
Não estou dizendo que vou voltar a desejar morrer, pois isso foi uma coisa que eu aprendi no Espiritismo: que o suicídio não resolve o problema. 
Se a gente terminar com a nossa vida antes da hora, vamos continuar sofrendo no Umbral as agonias que infringimos a nós mesmos até que os anos destinados a nós terminem para só depois disso irmos para um lugar aprender sobre as bobagens que fizemos por aqui. 
Então, se alguém que lia ou ainda lê este blog, eu digo... suicídio não é a resposta. Ninguém se livra dos problemas fazendo isso, na verdade só acarreta mais coisas para resgatar nas próximas vidas.
E falo pois li o livro Memórias de um Suicida, que explica muito bem a trajetória de Camilo, um escritor português que se suicidou quando ficou cego e teve de passar maus bocados até ser resgatado pelos espíritos de luz.
E a descrição que ele faz do Umbral... nossa é muito horrível, agora eu sei de onde sai as ideias dos filmes de terror e, sabendo que tudo aquilo é verdade, aí sim o medo é real. Bem real...
Talvez alguém questione o que é que eu vou fazer então nesse blog, se não vou mais falar de suicídio... de morte, de demônios...
Vou sim continuar a falar de suicídio, mas da importância de não cometer suicídio. Vou continuar falando das coisas góticas da vida, pois meu coração tem esse lado e eu acho muito elegante e vou falar muito sobre bipolaridade, pois é importante que as pessoas entendam o que é essa doença e não saiam por aí falando abobrinha (que infelizmente, é o que a maioria fala).
Sempre digo, se tu não tens ideia do que vai falar, o silêncio é a melhor resposta.
Então, a Bruxaria nos ensina que temos de lidar com nosso lado sombra, não tem como simplesmente esconder e eliminar. É como uma sujeira debaixo do tapete. Por um momento parece que está tudo bem, mas depois o acúmulo de sujeira transborda e a gente tem que limpar, se não quiser conviver com a sujeira.
Temos de ser honestos com nós mesmos e distinguir o que nos leva a agir de tal forma, por quê somos egoístas, ciumentos, raivosos, rancorosos, invejosos e por aí vai. Mas para identificar isso, precisamos parar de olhar para os outros e olhar para dentro de nós, ver o que está errado, o que precisamos fazer para melhorar... aonde queremos chegar (sem prejudicar o outro).
O Espiritismo é fascinante porque nos ensina isso. Precisamos fazer nossa reforma íntima, respeitar e amar o outro e fazer aos outros o que a gente quer que façam para nós. 
E, fazendo isso, "magicamente" o Universo dá o retorno, pois estamos todos ligados, todos somos energias e as energias semelhantes atraem energias semelhantes. Simples assim :)
Muito curioso também, foi eu ter descoberto, através do Espiritismo, algumas infirmações sobre as causas da Bipolaridade e todas as informações fizeram um sentido extraordinário para mim. Mais na frente, vou colocar as informações que juntei ao longo do tempo sobre isso.
Confesso que não dá para parar com a medicação, mas no meu caso, o que me ajudou muito, na última crise que eu tive, com toda a certeza foi o Espiritismo e, complementando isso, a Bruxaria. Minha Deusa Hékate se fez presente, eu meus Espíritos Amigos e Protetores me ajudaram para que eu não cometesse a burrice de me matar.
Agradeço a eles de coração todos os dias (ou quase todos) pela maravilhosa oportunidade que eles me deram, mostrando através da teoria que cometer suicídio não é a solução, por pior que a coisa possa parecer.
Nossa, tenho muitos tópicos para falar com vocês sobre isso, mas não vou regurgitar tudo aqui, para não ficar informação demais. Vamos devagar e sempre, já que não vamos partir desse mundo nem antes, nem depois, somente na hora que for a nossa hora.
 


Fico por aqui, até logo.
Ósculos e amplexos,





quarta-feira, 14 de junho de 2017

Psiquiatria incompetente

Olá Mortais...

Hoje acordei com vontade de deliberar sobre um assunto que, acredito eu, muitos de nós, bipolares, já passaram por isso: encontrar um psiquiatra que preste.
A Bipolaridade já é complicada de diagnosticar e, enquanto isso não acontece, a criatura fica sofrendo enquanto os outros que estão à volta acham que a pessoa está querendo aparecer. 
Então, quando ela é diagnosticada fica pior ainda, porque é preciso encontrar um psiquiatra que preste para ajudar a pessoa. E aí começa mais um sofrimento. Passei por alguns psiquiatras que não estão nem aí pra ti. O que interessa a eles é o dinheiro. Pagou, se tratou, caso contrário cai fora.
Normalmente o tratamento fica melhor quando o psiquiatra também atua como psicólogo. Meu penúltimo psiquiatra era assim e, confesso que tendo vontade de matá-lo em algumas vezes, fiquei bem contente com o andamento das sessões e senti falta quando tive de trocar, porque o cara voltou para a cidade dele.
Passei por um período financeiro deselegante e o cara conseguiu que eu permanecesse com a terapia por um preço mais acessível. Acontece que, quando ele foi embora, a psiquiatra que assumiu, mesmo sabendo das minhas finanças, aceitou numa boa quando eu disse que não faria mais terapia e só viria para solicitar a medicação.
Nossa! Acho que a criatura comprou o diploma na Internet. Não sabe que a Bipolaridade é uma das doenças mais complicadas que existem? 
O paciente chega e diz que não vai mais fazer a terapia porque não tem dinheiro e o que o profissional faz? Aceita numa boa, sabendo que a criatura é passível de uma depressão complicada e pode cometer suicídio... No mínimo, por respeito ao bipolar, o profissional poderia tentar um desconto com os superiores para que a pessoa não ficasse sem assistência, mas para quê? Não tem dinheiro, te vira.
Sei que todo precisamos trabalhar e ganhar o pão de cada dia, mas fala sério... onde está a parte médica da coisa? Olha a viagem... um bipolar diz  que vai parar a terapia pois não tem dinheiro e o profissional que pode fazer algo a respeito como solicitar um desconto não está nem aí e diz que está tudo beleza.
Às vezes me pergunto como esse tipo de profissional pode deitar com a consciência tranquila sabendo que, por falta de interesse e profissionalismo, um paciente pode cometer suicídio por negligência médica? 
Não sei ainda como me espanto com isso, se são só seres humanos, que não compreendem a si mesmos, tentando "ajudar" outros seres humanos a se compreenderem...
Triste ilusão à minha...

Até semana que vem,



segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Suicidio

Estou postando isso agora, porque achei que já tinha postado antes do texto que acabei de postar, que idiota.... É o preço que se paga pela bipolaridade.




Sim, estou pensando em suicídio. Talvez a melhor solução para os meus problemas.

Cheguei até a criar um slogam:”O suicídio nada mais é do que a autonomia sobre a vida”

E não é verdade?

Quando uma pessoa decide acabar com a própria vida, ela não está decidindo quando, como e onde quer morrer? Ora, a única coisa certa nessa existência é que TODOS vamos morrer mais cedo ou mais tarde, só não sabemos quando, onde e como. Não passamos de simples marionetes da vida.

Somos formigas queimando sob a lupa de deus, ser supremo que segundo uns, nos criou à sua imagem e semelhança e, segundo eu, nos largou aqui para nos virarmos e perdermos a esperança nas coisas boas a cada dia que passa. Acredito que, já que não pedimos para vir a esse mundo, pelo menos poderíamos ter a opção de decidir quando vamos deixá-lo.

A Morte é um assunto terrível e eu sei muito bem disso. Antigamente pensei que ela fosse uma amiga que fosse levar as coisas ruins embora e me dar paz, mas daí lembrei que eu não estou sozinha. Apesar de muitos quererem que eu morra, eu não posso simplesmente acabar com minha existência. Tenho meu filho, meus cachorros e meu marido que, penso eu, iram sentir minha falta e eu acho que ainda não cumpri minha missão com eles. Mas não consigo aceitar que algum deles vá embora antes de mim, porque eu não suportaria continuar sem eles.

Então por que raios não podemos decidir quando ir embora? Se a coisa toda fosse planejada, na certa seria menos dolorosa, já que esse é o final de todos nós.

É certo então nos despedirmos de quem amamos e, por causa de um bandido, nunca mais os vermos porque a alguém decidiu dar um tiro neles? Sei de histórias em que as pessoas foram rotineiramente para os seus trabalhos e, nunca mais voltaram por causa de terceiros, que deveriam morrer em seus lugares, porque esses sim não prestam.

Então chegam os otimistas: “Carpe diem.” Também concordo, mas não temos de aproveitar o dia porque não sabemos o que pode acontecer em seguida. Temos de aproveitar o dia porque é isso que viemos fazer aqui, nesse planetinha decadente. Por que viemos parar um lugar que não pedimos, para passar trabalho, sofrer e, além disso, ainda por cima aproveitar o dia porque não se sabe até quando vamos ficar por aqui à espera de um louco qualquer ou de um câncer qualquer prontos para nos levar? Por que deixar nosso corpo envelhecer e, por mais saudáveis se sejamos, chegar a um ponto em que uma lesma se torna mais rápida que nós?

Por que não decidimos quando queremos ir? É tudo uma questão de planejamento.

Eu não queria ter essa consciência, não queria ter memória, não queria sofrer com o que foi e nunca mais será. Não queria ter em minha mente imagens e lembranças de pessoas, animais, situações que eu sei que NUNCA mais acontecerão ou estarão comigo. Somente quando eu morrer é que as lembranças e saudades irão embora. Por melhor que seja uma lembrança, a saudade que ela causa é sempre nostálgica, porque não queríamos que acabasse, mas é algo que não depende de nós...

Queria fazer como um video que vi no Youtube: uma senhora, provavelmente cercada dos entes queridos e com câncer terminal, decidiu pôr um fim no sofrimento. Uma amiga lhe serviu Nembutal, ela bebeu, conversou, sorriu e comeu chocolate. Depois, como uma criança que brinca até tarde da noite, foi se acalmando, se aquietando e era possível observar o sono eterno aproximando-se lentamente.

Ela morreu feliz, com calma e tranquilidade. Morreu junto dos que amava e provavelmente seu corpo e espírito finalmente puderam descansar...

Pensando por esse lado, não é uma boa ideia ao menos controlar isso? Saber quando ir, saber quando se despedir, saber como partir? Ao menos nunca ficará a sensação do que podia ter sido e não foi. Não foi porque deus quis, foi porque a pessoa decidiu que aquele era o melhor momento para fazer o inadiável.

07/12/2015


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ementário...

            Saudações Mortais...


      Como sempre, cá estou eu escrevendo em um dia nublado... Acho até que faz muito sentido, uma vez que eu detesto o sol e ele faz meus olhos doerem, então...
     Ontem fui ao psiquiatra, pois não estava muito bem... aliás ainda não estou bem, mas estou me esforçando para melhorar... Consegui com que ele receitasse mais um remédio além do Carbolitium... um antidepressivo... que ironia da vida, eu que abomino tomar remédio é o que mais faço no último ano...
     Bem, espero que além da minha vontade em melhorar, que o bendito remédio também ajude... senão a única opção é o suicídio... Sei que muitas pessoas dizem que isto é covardia, mas há momentos em que por mais que a gente tente se erguer e seguir em frente, é algo que se torna quase impossível... é algo além da própria vontade e a única coisa que temos vontade de fazer é dormir para não ver as coisas acontecerem...

     E, para ilustrar esse momento depressivo, vou postar aqui, um texto que eu postei no Blog Do Vale das Sombras, no qual fui convidada a postar.


LIBERTAÇÃO

            Abri os olhos e mirei o teto. Mais um dia iniciava, porém não era só mais um dia... era o último dia, meu último dia.
            Levantei da cama e caminhei lentamente até o banheiro. Olhei o espelho e visualizei meu reflexo. Diferente das outras vezes, meu semblante estava tranquilo, sereno até, porque eu sabia qual seria o final daquele dia e esta certeza me dava energia para seguir adiante.
            Cumpri minha rotina monótona, mas desta vez, não suspirei exasperada, pois a certeza do que me aguardava, me reconfortava. Peguei minha bolsa, despedi-me de minha família e me dirigi até a garagem para pegar meu carro. No meio do trajeto, estacionei em frente à casa dos meus parentes maternos. Entrei, troquei algumas palavras banais e me despedi deles, porque eu ainda precisava trabalhar.
            Quando cheguei ao local onde passava 8 horas por dia, fazendo sempre as mesmas coisas, cumprimentei os colegas de trabalho com um sorriso comedido e fui para minha sala. Tinha de deixar meu trabalho organizado.
            Contava as horas para o final do expediente e sentia aquela expectativa que uma criança sente quando chega o momento da entrega de presente de Natal. Quando tive uma oportunidade, redigi uma epístola simples a todos os que amo, para que saibam o quanto são importantes para mim. Aos colegas, procurei auxiliá-los da forma que eu podia, para que as tarefas que eles tinham de executar ficassem mais agradáveis. Eu queria deixar uma boa lembrança antes da minha partida.
            O decorrer do dia foi maçante como todos os outros. A impressão que eu tinha era de que um filme passava diante dos meus olhos e eu era apenas uma telespectadora, sem poder algum de alteração do meu destino.
            Após o término do expediente, voltei para casa e, no trajeto, enquanto ouvia pela última vez minhas músicas preferidas, observava as coisas e pessoas à minha volta. Aquele final de tarde estava especialmente lindo, como se a vida quisesse mostrar que ainda havia motivos para continuar, mas todo aquele espetáculo não mudaria em nada minha decisão. De alguma forma eu estava feliz pelo que faria: daria paz aos que amo.
            Quando cheguei a casa, ela não parecia mais meu lar, parecia a moradia de uma estranha e aquilo indicava que eu deveria partir logo.
            Larguei minha bolsa no lugar de costume. Arrumei a casa, pois também queria partir deixando meu lar organizado. Antes de “arrumar as malas”, depositei sobre a mesa da sala a simples missiva de despedida. Sorri tristemente pensando na reação deles, mas era a melhor opção para todos.
            Fui até o banheiro e enchi a banheira. Dirigi-me ao escritório para verificar o horário no relógio da parede e pegar algo deveras importante. Calculei o tempo e sorri, ainda estava dentro do horário, não haveria atrasos.
            Quando a banheira estava cheia, chaveei a porta do banheiro, tirei a roupa e mergulhei na água morna. A temperatura da água deixou-me mais tranquila. Fechei os olhos sabendo que estava quase na hora, não podia me atrasar. Uma única lágrima escorreu pelo meu rosto, eu já havia chorado tanto antes que não restava mais lágrimas.
            Por alguns segundos, minha vida passou diante de mim. Minhas alegrias, meus triunfos, minhas tristezas, minhas perdas e todos os rostos das pessoas que eu mais amava na minha vida. A dor no peito que eu sentia há tempos voltou com força. Estava na hora.
            Estendi o braço e alcancei o estilete que trouxera do escritório. Por um segundo, titubeei diante do que faria, pois sabia que não haveria mais volta, mas eu estava decidida: já não suportava mais viver em tristeza e nem entristecer os que amo. A maçã estragada no cesto tinha que ser eliminada e eu faria isso.
            Dois cortes verticais rápidos. Quase nem senti a dor. Acho que a água morna aliviou a ardência. Recostei-me na banheira e respirei fundo. Aos poucos, senti a sonolência aumentar até que caí em sono profundo nos braços Dela.
            Quando abri os olhos, eu estava no lugar mais lindo que já vira tantas outras vezes em meus sonhos. Sorri em paz.
            Eu estava livre.
                                                           
                                             Vampyra Morgh 04-09-2011
              
    

                Ósculos e amplexos,