Contato

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Editors - No Sound But The Wind

            Olá Mortais

         
            Estou postando um vídeo lindo sobre uma música que eu acho muito linda, que tem no CD do Lua Nova, do Crepúsculo (filme de vampiro muito deselegante. Não entendo porquê faz tanto sucesso um troço desse). Mas enfim... 
          

  

No Sound But The Wind

We can never go home
We no longer have one
I'll help you carry the load
I'll carry you in my arms
The kiss of the snow,
The crescent moon above us
Our blood is cold and we're alone
but I'm alone with you

Help me to carry the fire
We will keep it alight together
Help me to carry the fire
It will light our way forever

If I say shut your eyes
If I say look away
Bury your face in my shoulder
Think of a birthday
The things you put in your head
They will stay here forever
Our blood is cold and we're alone, love
But I'm alone with you

Help me to carry the fire
We will keep it alight together
Help me to carry the fire
It will light our way, forever

Help me to carry the fire
We will keep it alight together
Now help me to carry the fire
It will light our way, forever

No sound but the wind
No sound but the wind

If I say shut your eyes
If I say shut your eyes
Bury me in surprise
When I say shut your eyes

Help me to carry the fire
We will keep it alight together
Help me carry the fire
It will light our way, forever

Nenhum Som Além do Vento

Não podemos mais ir para casa,
Já não temos mais uma
Ajudarei você levar a carga,
Eu levarei você nos meus braços
O beijo da neve,
A lua crescente acima de nós
Nosso sangue é frio e estamos sós
Mas eu estou só com você

Ajude-me a levar o fogo
Vamos mantê-lo aceso juntos
Ajude-me a levar o fogo
Esta será a luz em nosso caminho para sempre

Se eu digo feche os olhos,
Se eu digo olhe para longe
Enterre seu rosto em meus ombros
Pense num aniversário
As coisas que você tem na cabeça
Elas estarão lá para sempre
Nosso sangue é frio e estamos sós
Mas eu estou só com você

Ajude-me a levar o fogo
Vamos mantê-lo aceso juntos
Ajude-me a levar o fogo
Esta será a luz em nosso caminho para sempre

Ajude-me a levar o fogo
Vamos mantê-lo aceso juntos
Ajude-me a levar o fogo
Esta será a luz em nosso caminho para sempre

Nenhum som além do vento
Nenhum som além do vento

Se eu digo feche os olhos
Se eu digo feche os olhos
Você sepulta-se em mim surpresa
Quando eu digo feche os olhos

Ajude-me a levar o fogo
Vamos mantê-lo aceso juntos
Ajude-me a levar o fogo
Esta será a luz em nosso caminho para sempre




segunda-feira, 6 de junho de 2011

A hora do espanto - Filme

      Olá Mortais...

     Hoje estou postando sobre um filme que eu vi quando era criança e, para variar, adorava. O nome dele é A hora do espanto. Um filme sobre meus seres amados e idolatrados, os vampiros.
     Abaixo, segue a sinopse do filme. Pasmem, este filme é de 1985, curiosamente da mesma época do filme do Freddy. Analisem o que a criança aqui assistia com 6 anos... rsrsrs


Título original: (Fright Night)
Lançamento: 1985 (EUA)
Direção: Tom Holland
Atores: Chris Sarandon, William Ragsdale, Amanda Bearse, Roddy McDowall.
Duração: 102 min
Gênero: Terror



Para o jovem Charley Webster (William Ragsdale) nada poderia ser melhor que um velho filme de terror bem tarde da noite. Assim, quando novos moradores ocupam a casa vizinha a experiência de Charley não deixa nenhuma dúvida de que o comportamento estranho dos novos vizinhosé explicado pelo fato de eles serem vampiros. Charley pede ajuda a Peter Vincent (Roddy McDowell), o apresentador do programa de terror preferido de Charley, mas acontece que Peter, além de covarde, não acredita em vampiros e está neste negócio apenas por dinheiro. Além disto, ele está correndo o risco de passar por louco ao dizer que seus vizinhos são vampiros e, para piorar tudo de vez, a mãe de Charley faz algo que deixa o filho apavorado: ela fica encantada com Jerry Dandrige (Chris Sarandon), um dos vampiros, e o convida para entrar na casa dela.
       


    


        E aqui tem uma foto do vampiro do filme, interpretado pelo ator Chris Sarandon.



     Espero que gostem do trailer.
     Amplexos,

Vampyra

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A hora do pesadelo - filme

              Olá Mortais...

  Estou postando hoje o trailer de um dos filmes que eu muito assisti quando criança: A hora do pesadelo. 
  Sou simplesmente apaixonada pelo Freddy Krueger. Certo, ele era mau e assassinava as crianças... mas eu achava ele o máximo. Sempre gostei muito da ironia dele.
   Bem, vamos deixar as conversas de lado e vamos ao que interessa.
   Com vocês:

   Pesquisei na Internet e encontrei este texto maravilhoso escrito pela Daniele Garcia, no blog Memórias e outras histórias... Simplesmente perfeito!!


Freddy Krueger, filho bastardo de uma jovem bonita e esquizofrênica que morreu solitária na agonia do parto, é fruto de um estupro coletivo ocorrido num velho manicômio da Rua Elm. Durante toda a sua vida, ele foi capaz de se lembrar dos gritos de sua mãe quando foi agarrada por um bando de doentes mentais. Alguns anos depois, Freddy foi adotado por um velho alcoviteiro que viu utilidade no menino como atração de bêbados curiosos na pequena e imunda rua, repleta de prostitutas e drogados. O jovem apanhava constantemente do pai, que o tratava como um nada, tirando sangue e deixando-o cheio de marcas roxas pelo corpo. Após uma surra, em que quase foi morto, o jovem achou dinheiro escondido pelo alcoviteiro e decidiu contratar um incendiário profissional para queimar a casa dele, enquanto o velho dormia calmamente no andar de cima.
Freddy nunca tentou descobrir se o seu pai adotivo sobreviveu ao incêndio. Sem nenhuma habilidade ou aptidão, o rapaz rumou por várias cidades fazendo trabalhos sujos e tendo dificuldade com a polícia. Começou a beber pesadamente e passava suas noites num canal. Certa vez, estava dormindo em uma pequena rua perto de uma escola, quando um grupo de meninos decidiu tentar roubá-lo. Freddy despertou de súbito e bateu a cabeça contra a cabeça de um deles e outros fugiram desesperados. Enquanto os meninos fugiam, Freddy observou o menino sangrando próximo a ele e então pensou: "Eles têm medo de mim." O fato causou um certo divertimento no rapaz, como se uma forte sensação de poder tomasse conta de seu corpo. O menino machucado foi carregado por Freddy até um porão, onde o rapaz estudou-o por muito tempo. "Crianças são inúteis!", repetiu a frase dita constantemente pelo seu pai adotivo. "Crianças ficam muito melhores mortas!".
Freddy rasgou a roupa do menino e passou a observar a barriga branca e lisa dele por um momento. Então, recordando a fuga dos outros quatro meninos, Freddy fez quatro incisões fundas na carne do garoto. Era o triunfo! Ele queria sentir aquela sensação sempre! Continuou sendo nômade até chegar à cidade de Springwood. Havia algo nessa cidade que imediatamente o irritou. Tudo mundo era organizado. As ruas eram limpas e as árvores bem podadas. O povo era feliz. Então, Freddy decidiu ensinar algo aos moradores daquele local: o verdadeiro significado da palavra dor.
Para isso, arranjou emprego numa caldeira. O trabalho era bastante fácil e deixou Freddy com tempo suficiente para se dedicar a sua verdadeira vocação. Passou momentos de satisfação construindo uma luva que continha lâminas afiadas nas pontas. Depois de alguns ajustes, chegou o momento de testá-la.
No dia seguinte, vestiu um suéter vermelho e verde e foi para a porta de uma escola. Ele sentiu seus músculo se enrijecerem de tamanha emoção, quando o sino da escola soou. Por um pequeno momento, Freddy pensou em ter uma vida normal - amigos de escola, professores e jogos inocentes de infância. Pensou que talvez fosse errado interferir no desenvolvimento normal de uma criança. cortando seus membros. Mas quando ele viu as crianças abraçando seus pais, percebeu o que realmente tinha que fazer.
Freddy avistou uma menina solitária, enquanto aguardava a chegada de seus pais. Talvez a mãe dela esteja presa no trânsito ou uma fila longa no supermercado a tenha impedido de chegar no horário. Não importa. Ele viu, refletido pela luz solar, a pequena lancheira da menina e notou que havia uma palavra escrita nela: Amy.
"Amy?", ele sussurou, mas a menina não parecia ouvir. "Amy", repetiu um pouco mais alto. A linda menina olhou com seus grandes olho cor de laranja. "Venha aqui", disse ele, acenando com a mão esquerda. Ela procurou sua mãe por toda a extensão da rua e não a viu.
"Venha aqui.", ele repetiu. A menina vacilou por um momento e então pisou na rua.
"Quem é você?" , perguntou a menina de forma doce.
"Tio Freddy", ele respondeu e continuou "Sua mãe pediu que eu viesse te buscar."
A menina tremeu o corpo todo e disse:
"Eu não tenho um tio chamado Freddy!"
"Agora você tem", ele disse e cobriu a boca da menina com a mão esquerda, enquanto a direita rasgou a barriguinha da menina com as lãminas da luva.

 
Freddy sentiu alegria por fazê-la sangrar. Como era fácil e divertido matar! Ele carregou o corpo ensangüentado da menina até seu furgão, sentindo-se vivo como nunca. O corpo da menina foi escondido no interior da caldeira, onde ele trabalhava. A vida agora para Freddy tinha significado. Depois disso, Freddy iniciou uma jornada de sangue e horror, raptando crianças e fazendo o mesmo que fez com a pequena Amy. Os métodos variavam, mas o resultado era sempre o mesmo. Ele adorava ver os anúncios de crianças desaparecidas no jornal local, mas queria que as pessoas soubessem que as crianças estavam mortas.
As pistas deixadas pelo assassino fez com que o tenente Thompsons encontrasse os corpos das crianças já em estado de putrefação. Freddy foi preso e o povo da cidade agora sabia quem era o responsável pela matança. O defensor público que dirigiu o caso estava bem preparado e descobriu que havia um erro na prisão do suposto assassino. As provas não eram suficiente para incriminá-lo e assim Freddy foi libertado.
Então, o assassino percebeu que era o momento de se mudar. Há outras cidades e outras crianças no mundo, por que ficar só em Springwood? Freddy jurou que não seria fácil pegá-lo novamente. Porém, nesse mesmo dia, durante a noite, ele ouviu os gritos do povo. Os moradores furiosos, conduzidos pelo tenente Thompson e sua esposa Marge, haviam decidido se vingar do cruel assassino. Os Thompsons e os vizinhos da rua Elm colocaram gasolina no local onde Freddy passava suas noites e colocaram fogo. Nenhuma outra criança seria aterrorizada por Fred Krueger.
O público vibrou ao vê-lo em chamas, jurando vingança. Com um último grito, Freddy correu em direção às chamas e desapareceu. O corpo nunca foi achado.
"Eu acredito que nunca mais ouviremos falar de Fred Krueger", disse Marge Thompson, respirando aliviadamente enquanto examinava a luva do assassino.
Entretanto, Marge estava errada.
Freddy iria regressar.....para o pesadelo recomeçar.



   Também achei interessante colocar dois filminhos sobre ele, que eu retirei do Youtube.







         Agora olhem esta imagem, que linda!!



Esta aqui eu nem vou comentar... Simplesmente perfeita!

Muito elegante a capa...



    Sério, loucura ou não, eu amo o Freddy Krueger.
   Ah sim, e aproveitando o momento para relembrar... gostaria de registrar aqui um fato que me lembro até hoje... O filme é de 1984... logo, eu tinha 5 para seis anos quando ele estreiou aqui, no Brasil...
   Lembro como se fosse ontem... minha tia e minha mãe saíram para assistir ao Freddy no cinema Ritz, que hoje nem existe mais, e eu fiquei muito triste porque queria ir com elas, mas era extremamente proibido, por causa da idade. Agora vejam vocês... eu com 6 anos, zangada porque não podia assitir o filme... Não deixa de ser uma curiosidade, meu gosto pelo "sinistro" desde criança...
   Agora, sim, fico por aqui... ósculos e amplexos,

Vampyra

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Ritual

           Olá Mortais...

       Um poema lindo para celebrar esta sexta-feira...
      
       Amplexos,


Ela sabia...
Sabia o que ia acontecer
Mas não estava nervosa ou ansiosa...
Na verdade, esperava por isto há muito tempo
Olhou-se no espelho
E seu reflexo lhe devolveu a imagem
De uma mulher ciente do que estava prestes
A consumar...
Havia determinação em seu olhar
Havia certeza em suas atitudes
E um desejo louco de iniciar
A nova etapa programada
Respirou fundo,
ergueu o rosto e olhou-se
pela última vez no espelho,
agradando-se com sua imagem
austera e sombria
Estava na hora

Caminhou pelos longos corredores negros
Com calma e seriedade,
pois sentia que estava próxima à eternidade
O som de seus passos ecoavam solitariamente
E ela sentia cada batida firme de seu coração,
Como uma marcha fúnebre
Ecoando pela solidão...
Parou em frente a uma grande porta de madeira entalhada
E suspirou com certo alívio,
Pois não estava assustada

Como se pressentissem sua presença,
As portas se abriram e ela pode ver
O suntuoso aposento
onde, em uma enorme lareira,
queimava um fogo hipnótico,
o fogo do Submundo...

Ele estava ali,
Ao lado da lareira
Esperando por ela..

Havia um odor muito forte de enxofre,
que ela sabia que precisava se acostumar,
caso contrário,
o ritual tão desejado não
poderia se consumar...

Parou diante dele,
a uma distância segura
e aguardou...
O silêncio era quebrado, algumas vezes,
Pelo crepitar do fogo eterno...

Então ele saiu de sua posição pétrea
e caminhou em sua direção
A distância entre eles reduziu-se a centímetros
E ele agigantou-se diante dela

Apesar de estar diante do ser mais
Poderoso que conhecia,
Ela não temeu a aproximação
E, sabendo que não haveria
Volta para o que estava prestes a fazer,
Sentiu uma paz profunda a inundar o seu ser

O odor de enxofre se intensificou
E com a voz grave e baixa
Ele falou:
"Sabes que o que fizeres aqui hoje
jamais poderá ser desfeito...
Sabes que seguirás um caminho
sem volta e que,
Nos momentos em que estiveres
perdida nas brumas da escuridão,
Nunca mais poderás voltar...
Manterás a fé em mim,
mesmo que toda a esperança
tenha se acabado e só a
escuridão tenha restado
Saberás que, embora passes
por certa dificuldade,
Estarei sempre ao teu lado,
tanto aqui, quanto na eternidade,
Pois jamais abandonarei
Alma tão pura, que por mim,
Se entregou...
Sabes que, por mais que tua
crença possa, em um momento, falhar
Estarei sempre contigo,
Para tua alma, comigo guardar
Saibas que vim até aqui hoje,
Porque ouvi o teu chamado
E por devoção tão sincera,
Me sinto lisonjeado,
pois vieste a mim por
amor, por outras vidas...
Seguirás, a partir de hoje,
O meu caminho
Tua vontade seguirá a minha direção e
Minhas leis nortearão tua vida
A resposta que deres agora,
será definitiva
e nada que exista nestes mundos
irá revertê-la...
É um árduo caminho
este que escolheste,
Mas asseguro-te que,
sendo fiel a mim,
jamais te deixarei...
E tudo o que desejares,
eu te darei."

O silêncio reinou no aposento
O fogo crepitou mais alto na lareira
E seu brilho infernal
possibilitou que o olhasse nos olhos...
Olhos negros insondáveis,
inabaláveis...
Olhos que fariam com que ela
se perdesse em sua escuridão,
mergulhasse em sua solidão
e aplacasse a dor de seu coração

O negro olhar contrastou com o
vermelho da pele e a alva brancura
de seus dentes ameaçadoramente
agudos...
Ergueu um pouco mais
a cabeça, decidida,
e respondeu com a mão estendida

“É com prazer que aqui estou
Ciente de cada significado
de tuas palavras.
A importância deste ato
tão singelo e puro
é feito por mim com
júbilo e orgulho
Não sinto medo,
não sinto temor,
apenas tenho a certeza
de que, cada passo dado
até aqui chegar,
me fez merecer
contigo estar.
Seguirei teu caminho,
obedecerei tuas leis
e manterei a fé em ti
independente do que venha
acontecer...
Por muitos anos minha alma
clamou por ti,
e agora que estás diante de mim,
Meu Senhor,
Curvo-me perante o teu poder,
e exalto o teu ser,
Entregando, humildemente, a ti
Minha alma libertada..”

Ele balançou lentamente a cabeça
e um sorriso vitorioso
estampou-se em seus lábios...
Faltava pouco agora
Para que o ritual fosse consumado...

Segurou a mão que lhe era estendida
e puxou-a mais para si
fazendo com que o cetim leve
da manga do vestido
descobrisse o pulso oferecido
Com um gesto rápido e preciso
cortou o azul das veias...
O vermelho vivo do sangue
começou a escorrer
e as primeiras gotas de vida
em um copo de prata
foram se esconder...
Após a quantidade certa
do vermelho coletado,
segurou firme , por segundos,
o pulso cortado.
Pronunciou palavras ininteligíveis,
e o sangue foi estancado...

Ergueu a taça à altura do rosto,
olhou para ela como se
brindasse à nova alma possuída
e, com certa reverência,
diante da essência adquirida,
sorveu com deleite
o sangue vermelho
da vida...
Ela o observou em silêncio,
celebrar o ritual,
e com respeito e devoção,
aguardou pelo final...

Ele sorriu para ela e voltou-se
à lareira,
inclinou-se para frente
como se reverenciasse
o fogo do qual havia saído
Estendeu a mão para as
labaredas, que se agitaram ao seu toque
E, quando ela acreditou que ele
fosse sumir nas chamas,
Ele se ergueu, segurando
uma corrente de prata
com um pingente na mão
Olhou nos olhos dela
e ela viu a nova vida que
a aguardava...
“Este é o presente das Trevas
para ti, minha criança”
Disse enquanto colocava a
corrente em seu pescoço
“É o elo que te une a mim,
de hoje em diante até o fim
dos tempos...
Ele te protegerá, te guiará
e servirá como um símbolo
da tua fidelidade...
O símbolo que carregas em
teu pescoço, a partir de agora,
é o símbolo do meu reconhecimento
pela tua fé e teu merecimento
A partir de hoje,
tua vida me pertencerá,
o meu caminho tu percorrerás
e a tua alma, para sempre comigo, estará...
Seja bem-vinda,
minha criança noturna...”

Então, ele inclinou-se para frente
e ela sentiu-se pequena diante dele
Fechou os olhos,
para evitar uma lágrima que
teimava em se formar,
pois sabia que o ritual estava
feito e, para trás, não
podia mais voltar...
Sentiu os braços fortes dele
em torno de seu frágil corpo
e sentiu o beijo do Inferno
em sua testa
Ele pronunciou palavras
que ela desconhecia
e, por um breve momento,
sentiu sua testa arder
Instintivamente, levou a mão
ao pingente e o segurou com
força, pois sabia que forte
precisava ser...
Por alguns segundos,
seu corpo todo estremeceu
como se queimasse nas
chamas da lareira...
Então, ele pronunciou a última frase
que ela não compreendeu,
mas sabia muito bem o significado
E, quando a sensação de calor
sumiu de repente,
ela abriu os olhos procurando
por ele, que não estava mais lá
Caminhou lentamente para
mais perto da lareira
e olhou por um tempo, perdida,
para as chamas do fogo que o
levaram embora
Estava feito
E, quando não suportou mais
a dor de apertar o pingente,
abriu a mão lentamente
e olhou para o seu presente:
um garfo, em prata, trabalhado
Sorriu em silêncio
Estava consumado
O pacto se cumprira
O símbolo que agora
carregava no pescoço
estaria ali para sempre
para lembrá-la
Que o Inferno e o seu Senhor
estariam no pingente,
para sempre, representados...

Vampyra M.I. (17/05/2011)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Motoqueiro Fantasma - Filme

         Olá Mortais....


    Ontem assisti, pela enésima vez um filme que eu simplesmente adoro demais: Motoqueiro Fantasma, com Nicholas Cage.
    Fico fascinada com os efeitos especiais quando ele se transforma em uma caveira de fogo.
   E o Black Heart? Sem comentários... é muito elegante o filho de Mefistófeles. Aquele casacão... lembra as capas longas dos vampiros...

  Aproveitei e pesquisei uma resenha bem legal sobre o filme (para quem ainda não conhece a estória.)




    Johnny Blaze (Nicolas Cage) era apenas um motociclista dublê adolescente   quando vendeu sua alma para o diabo (Peter Fonda). Anos depois, Johnny é um famoso motoqueiro radical durante o dia, mas à noite, se transforma no Motoqueiro Fantasma, o lendário personagem da Marvel Comics. Como justicieiro do diabo, ele é encarregado de caçar almas maldosas na Terra e levá-las ao inferno. Mas quando o destino resolve lhe pregar uma peça trazendo o seu grande amor (Eva Mendes) de volta à sua vida, Johnny percebe que pode ter uma segunda chance de ser feliz - se vencer o diabo e ganhar sua alma de volta. Para conseguir o que deseja, ele terá que derrotar Coração Negro (Wes Bentley), o rebelde e perverso filho do demônio, cujo plano de assumir o reinado de seu pai trará o inferno à Terra - a não ser que o Motoqueiro Fantasma possa impedí-lo.

Diretor: Mark steven
Elenco: Nicolas Cage, Wes Bentley, Peter Fonda, Eva Mendes
Ano de Lançamento: 2007







    Como se não bastassem os trailers e a sinopse, achei umas fotos muito elegantes, que achei que deveria postar também.






         Sem comentários... acho maravilhoso o Motoqueiro Fantasma.



         Atentem para a roupa do Black Heart, é simplesmente elegante! E o colete? Sem comentários!
         Fora que o filho do Mefistófeles, não saiu nada parecido com o pai... na certa, deve ter puxado à mãe.


domingo, 22 de maio de 2011

Poema

           Agradecimento noturno


O medo que eu tinha
Deu lugar ao respeito
Por tudo aquilo
Que tu representas
És meu Guardião, meu Protetor
E o ser que me conecta com o
Mundo das Trevas
Minhas derrotas e vitórias
Eu devo a ti
Cada passo que dou
Tem a tua força como guia
Tuas palavras são como bálsamo
Para as minhas angústias
Teu reino é aquele que sempre desejei
E agora que estás tão próximo de mim
Curvo-me diante do teu poder
E afirmo, com certeza no coração,
Que seguirei o teu caminho
E obedecerei a ti, meu Senhor,
Até o fim e além da minha vida

           Vampyra M. I. (14-04-2011)



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Lelia - Álvarez de Azevedo


             Olá Mortais...


           Encontrei este lindo poema de Álvares de Azevedo no blog Álvares de Azevedo e achei simplesmente lindo e elegante. Bem do estilo que eu gosto e resolvi postá-lo aqui, para que vocês leiam também.
          Para quem gosta do Ultra romantismo, acredito que apreciará tão lindo poema.
          Até mais...
          Amplexos e ósculos eternos...

Vampyra

 LELIA

Passou talvez ao alvejar da lua,
Como incerta visão na praia fria...
Mas o vento do mar não escutou-lhe
Uma voz a seu Deus!...ela não cria!

Uma noite, aos murmúrios do piano
Pálida misturou um canto aéreo...
Parecia de amor tremer-lhe a vida
Revelando nos lábios um mistério!

Porém, quando expirou a voz nos lábios,
Ergueu sem pranto a fronte descorada,
Pousou a fria mão no seio imóvel,
Sentou-se no divã... sempre gelada!

Passou talvez do cemitério à sombra
Mas nunca numa cruz deixou seu ramo,
Ninguém se lembra de lhe ter ouvido
Numa febre de amor dizer: "eu amo!"

Não chora por ninguém... e quando, à noite,
Lhe beija o sono as pálpebras sombrias
Não procura seu anjo à cabeceira
E não tem orações, mas ironias!

Nunca na terra uma alma de poeta,
Chorosa, palpitante e gemebunda
Achou nessa mulher um hino d'alma
E uma flor para a fronte moribunda.

Lira sem cordas não vibrou d'enlevo,
As notas puras da paixão ignora,
Não teve nunca n'alma adormecida
O fogo que inebria e que devora!

Descrê. Derrama fel em cada riso,
Alma estéril não sonha uma utopia...
Anjo maldito salpicou veneno
Nos lábios que tressuam de ironia.

É formosa contudo. Há dessa imagem
No silêncio da estátua alabastrina
Como um anjo perdido que ressumbra
Nos olhos negros da mulher divina.

Há nesse ardente olhar que gela e vibra,
Na voz que faz tremer e que apaixona
O gênio de Satã que transverbera,
E o langor pensativo da Madona!

É formosa, meu Deus! Desde que a vi
Na minh'alma suspira a sombra dela...
E sinto que podia nesta vida
Num seu lânguido olhar morrer por ela.


                                           Álvares de Azevedo