Iniciamos este mês terrível, na minha opinião, com um tempo deveras deselegante. Na verdade, confesso estar "feliz" (palavra pouco utilizada em meu vasto vocabulário) com isto, pois o sol não aparece e não me irrita tanto os olhos, embora os meus óculos sempre escureçam mesmo quando há pouca claridade...
Todavia, minha "alegria" está manchada por acontecimentos que me deixam triste. Hoje, mais do que em qualquer dia, confesso a vocês: cada vez mais eu tenho menos vontade de ficar por aqui.
Este mundo, as pessoas que nele habitam, me causam extrema ojeriza... tal sentimento é tão extremo que sinto engulhos em algumas situações. Tenho a sensação de que os humanos perderam seu sentido de vida, que ficaram piores a cada segundo e que perderam completamente o sentido de existência da coisa... Ahahaha! Olhem a ironia da coisa, depois dizem que os vampiros são monstros... muito engraçado, pelo menos, para piadistas eles servem...
Bem, após meu sorumbático desabafo, postarei um poema que acabei de compor hoje, para ilustrar a beleza cemiterial do dia.
Desejo a todos uma ótima leitura.
Mais uma vez relembro: favor atribuir a autoria, caso for utilizar o poema. Plágio é crime e está previsto na lei.
Agonia
A dor devora o peito
Oprime minha alma
Sufoca meus gritos de desespero
e me torna mais fria
A angústia
o silêncio
o torpor
a tristeza
Corroem lentamente
minha vida
A falta de perspectiva
Impera meu viver
O único desejo que tenho
é o de morrer
Pois sei que
quando meu corpo
em uma lápide fria repousar
ou no calor do fogo queimar
Minha alma finalmente
Poderá descansar...