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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Desenhos antigos

Saudações Mortais...

Hoje resolvi postar uns desenhos antigos que encontrei ontem na minha pasta de desenhos. São desenho que fiz de uns 8 ou 9 anos atrás.
Eu não sabia o que postar hoje e, quando vi esses desenhos, achei que seria interessante. Acho que tem tudo a ver com o blog :)
Confesso que ao ver minha pasta de desenhos e, principalmente, esses desenhos... fiquei com vontade de desenhar de novo. Não tenho muita criatividade em criar desenhos, apesar de que os que eu vou postar agora foram criações minhas. Gosto muito de escolher um desenho e tentar copiar ele ou fazer algo parecido com um desenho já existente e acho que vou começar a fazer isso :)
Descobri que, além de escrever. que desenhar também é uma ótima terapia e, pra quem é bipolar que nem eu... nada melhor do que colocar as ideias em ordem :)
Sendo assim, posto aqui meus desenhos antigos...








Bem, por hoje é isso.
Vou ver se até a semana que vem desenho alguma coisa para postar aqui.
Até terça-feira que vem.







terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Thanatomorphose - Filme

Saudações Mortais,

Um desses dias eu vi um filme totalmente sem noção e nojento demais. Na minha humilde opinião, está muito longe de ser um filme de terror.
Vou deixar o trailler dele aqui.



informações mais completas sobre essa porqueira de filme e achei interessante postar aqui, pois não teria paciência para escrever sobre o mesmo.
Aí vai:

Ofegante, exibindo imagens cuidadosamente erráticas, com a câmera tremendo e emulando os movimentos típicos da transa e enquadrando as faces corporais íntimas de modo peculiar, sob ângulos onde não se vê qualquer outra coisa. Thanatomorphose de Éric Falardeau mostra logo no início um dos seus dois temas, para explicitar o segundo logo após a intro citada, exibindo o casal após o sexo, interagindo enquanto o homem se fere com um prego no chão, passando a gritar loucamente, exibindo seu escasso craquejo para a atuação dramatúrgica minimamente aceitável.
A câmera de Falardeau não tem qualquer pudor em mostrar nudez, ao contrário, ela parece caçá-la, vista a naturalidade como tal estado é retratado. Sua abordagem remete também ao bondage, uma vez que se preocupa em enquadrar tanto a naturalidade do sexo quanto a existência da dor, mesclando e tornando-as parte de um todo, de uma simbiose onde não mais consegue distinguir uma da outra. O nível desta “obsessão” é ainda mais elevado com o decorrer da trama. A personagem de Émile Beaudry começa a ver suas unhas descolarem e sangrarem levemente – o processo que correra toda a história vai ganhando seus estágios iniciais.
Filmado sempre em ambientes fechados, a intenção do diretor é remeter a claustrofobia, sensação que se daria a um ser vivo caso fosse enclausurado dentro de um caixão, mas a protagonista não tem consciência do que ocorre consigo e com o seu corpo. Tais sensações ficariam mais evidentes caso o elenco fosse melhor, mas a vontade do realizador parece ser a de usar seus personagens como telas em branco, caricatos, para grafar a decomposição que se mostraria a posteriori. As relações, as brigas, os diálogos, tudo é muito mecânico e frio, como um pretexto para revelar a verdadeira faceta da história.
Na sinopse oficial do filme há a definição a respeito do curioso título da obra: Thanatomorphose é um substantivo francês que significa sinais visíveis da decomposição de um organismo, causada pela morte. O modo de viver da protagonista, sem qualquer anseio ou perspectiva, remete a isso. À medida que o roteiro avança, os sinais vão ficando visíveis na folha em branco que é o seu corpo, um lugar onde é facilmente distinguível qualquer hematoma ou ferimento.
Após o começo da transmutação, a personagem prossegue ávida por sexo, se obrigando mesmo sem condições físicas minimamente aceitáveis a se envolver em relações não degradantes. Seu apelo é tão forte que seus parceiros passam por cima da aparência nada agradável dela, ignorando até o seu estado de saúde, debilitado a olhos vistos. Com o agravar da condição, ela começa a sentir pena de si, numa autocomiseração enorme, que a faz chorar e sentir-se infame.
Logo a sensação de mal-estar dá lugar ao desespero total, uma vez que sua pele entra em decomposição. Mesmo as manifestações sexuais mais leves como a masturbação causam em si um dano enorme, com a câmera registrando o seu sangue escorrendo pelo lençol branco, em mais uma travessura com as cores que Falardeau faz com sua fita. O asco predominante apavora muito mais do que qualquer propensão ao susto, a ojeriza é maximizada pela maquiagem que de tão singular, torna-se não catalogável e impossível de ser associada a algo caricato, visto o quase ineditismo com que é feito em seres “vivos”.
Na meia-hora final a putrefação é tanta que as tomadas evitam ser dadas de corpo inteiro, a lente registra o corpo desnudo da protagonista em doses homeopáticas, focando em parcelas muito pequenas do corpo da moça. Mesmo quase não tendo mais vida ou feições humanas, ela ainda busca o prazer carnal, unindo a volúpia ao grotesco, passando a mensagem de que ambos estão inexoravelmente ligados, ainda que sua realização seja tão grotesca quanto o goire das cenas de auto-mutilação. Assim como a degradação de seu corpo, sua moral também se deteriora, e mesmo crimes homicidas deixam de ser um tabu, a única coisa que segue intocável é a sua ninfomania e a luxúria, cada vez mais difíceis de lidar graças a sua compleição cada vez mais degradante. A vontade maior presente na obra é chocar por meio do grotesco, resgatando o exploitation em uma amálgama entre pornografia e decomposição acelerada, em que a utilização de elementos sonoros serve tão bem a trama quanto suas tomadas de impressionante esplendedor visual. Thanatomorphose é um filme forte, imprescindível para o fã ávido pelo cinema extremo e contém em si uma forte mensagem, que a despeito das péssimas atuações, é passada pela linguagem cinematográfica universal, embalada pela sinistra trilha de violino que corta toda a película.

Minha conclusão:
Tempo perdido, para mim, mas tem gente que gosta.
Até a semana que vem.



quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Coração bipolar

Não sei o que fazer...
Por um momento sinto alegria
mas no outro a tristeza toma conta de mim
Visualizo um futuro perfeito
Mas depois o que vejo à frente
É só escuridão
Por que tem que ser assim?
Por que tem que doer tanto?
Por que não consigo entender o que está acontecendo?

O Destino te trouxe de volta,
Mas não foi completamente
Minha maior vontade é te ter aqui
Mas tenho que ser paciente

Em um momento acho que tudo vai dar certo
Mas depois uma voz me diz que não
Que é tudo passageiro, ilusão
Porém, lembro de tudo o que aconteceu
E meu coração se recusa a aceitar isso
E, por tudo o que passou
Volto a ter esperança....

Mas o silêncio se sobrepõe
E volto a duvidar
e acreditar que nada vai se concretizar...

Ah...peço aos céus que me ajudem....
Preciso ter esperança...
Quero tanto acreditar
Que um dia, finalmente, longe de
Tudo e todos,
Enfim, vou poder te amar

Vampyra Morgh (Morghana Riona)


terça-feira, 10 de outubro de 2017

Esperança...

Esperança

Hoje meu coração bateu de novo
Estava frio e quase nem bombeava o sangue pelo meu corpo
Mas tu apareceu em minha vida
Me deu a mão e me mostrou 
Que o sonho ainda existe
A esperança que estava se apagando
Recuperou um pouco da cor 
E eu voltei a acreditar 
Que alguém como tu 
Existia para amar
Minha alma brilhou na mesma energia 
Que a tua 
E agora estamos ligados 
Em sangue, amor e desejo
Daqui até o final dos tempos
Infinitamente


terça-feira, 3 de outubro de 2017

Mentes inquietas parte 3

Saudações Mortais,

Segue a última parte da reportagem sobre Bipolaridade.


Crianças e adolescentes

A maioria dos sintomas de transtorno bipolar já ocorre na infância e na adolescência, um período em que as primeiras manifestações da doença podem se apresentar ao mesmo tempo em que outros transtornos aparecem, como déficit de atenção, por exemplo. Mas, às vezes, é somente na fase adulta que se dá o diagnóstico.
- Quando conversamos com um adulto bipolar, muitas vezes descobrimos que os sintomas começaram por volta dos 14 ou 15 anos - explica a psiquiatra de crianças e adolescentes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre Silzá Tramontina.
Além disso, quando o adolescente apresenta irritabilidade, os pais podem tomar como "algo da adolescência", quando na verdade, esse já pode ser um sintoma das fases de mania ou hipomania, ressalta Doris Husfeld Moreno, da USP:
- Confunde-se, mas talvez não seja. Normalmente, quem percebe são os pares, colegas de escola, porque esses adolescentes (com transtorno bipolar) são os que, frequentemente, praticam ou sofrem bullying.
Em um diagnóstico completo, os sintomas são muito semelhantes aos de um adulto, mas com algumas particularidades.
- A sexualidade, por exemplo, aparece de um jeito diferente. A criança pode querer tirar a roupa na sala de aula - afirma Silzá.
Outra diferença aparece nos períodos das fases em que a doença se apresenta. Em adultos, é preciso uma semana de sintomas de mania, por exemplo, para caracterizar a doença. Para os pequenos, pode ser algo que varia bastante mesmo no decorrer de um dia.
A especialista ainda ressalta que, mesmo que pareça haver um aumento nos casos, é uma prevalência baixa:
- Hoje, vemos muito diagnóstico em cima disso. Mas precisamos lembrar que é raro. Quando começa a se falar demais disso, as pessoas ficam muito alertas. Diversas crianças são diagnosticadas por outros profissionais, que desconhecem as peculiaridades de quando a doença se apresenta nessa faixa etária. Temos de ter cuidado, porque é um diagnóstico muito sério.
Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos e publicada na revista científica Archives of General Psychiatry mostrou que, após mais de 10 mil entrevistas com adolescentes entre 13 e 18 anos, descobriu-se que uma média de 2,5% desses jovens teve episódios de mania e de depressão nos últimos 12 meses e preencheu os critérios para o diagnóstico do transtorno.
Ainda que não haja um estudo em grande escala sobre a prevalência da bipolaridade na população infantil, estudiosos estimam que ela atinja até 2% de crianças e adolescentes ao redor do mundo.

40% das crianças e adolescentes com transtorno bipolar têm ao menos duas tentativas de suicídio , que podem ser menos explícitas e tomadas como "atitudes de criança agitada". Por exemplo, sair correndo em direção aos carros em uma rua movimentada.

Sintomas nessa fase da vida

Apresentar muita mudança de humor e aumento da irritabilidade e da energia.
Ter pouco sono e estar sempre "a milhão".
Chutes e explosões de raiva.
Expressar-se dizendo que tem muita raiva, sem motivo aparente.
Dizer coisas horríveis para os pais.
Não ir bem na escola.


Bem, então era essa a reportagem. Espero que gostem.
Até a próxima semana.



terça-feira, 26 de setembro de 2017

Mentes inquietas parte 2

Saudações Mortais...

Segue aqui a segunda parte da reportagem da Zero Hora sobre Bipolaridade.

CARACTERÍSTICAS DO TRANSTORNO

Na fase maníaca:

Irritação
Agressividade
Pensamento e fala rápidas
Eficiência além da conta
Fazer coisas sem medir as consequências
Insônia ou pouca necessidade de sono
Comportamentos impulsivos


Na fase depressiva

Desânimo
Falta de eficiência
Tristeza profunda
Sensação de vazio
Falta de apetite
Pensamentos suicidas e de morte


Tratamento


Para ficar bem, o paciente com transtorno de humor bipolar precisa se conscientizar de que, depois do diagnóstico, não deve mais abandonar a medicação e, também fazer mudanças no estilo de vida. A doença tem forte componente genético - nos casos em que um familiar de primeiro grau tem o transtorno, aumenta-se de 1% para 10% os riscos de ter a doença -, mas também pode ser influenciada por muitos fatores ambientais. Sono desregulado, estresse, uso de drogas e abuso de álcool podem ajudar a desencadear crises.
- O que a gente trabalha com os pacientes é o que o estilo de vida tem de sair do sedentarismo e se aproximar muito do atlético, como se fosse se preparar para uma competição, com uma dieta regrada, horários regulados, trabalho regular - diz Flávio.
A família pode ajudar no diagnóstico porque será quem contribui nas informações do histórico da pessoa. Mas também tem papel importante no acompanhamento do tratamento.
- Em primeira instância, vem o medicamento, mas, em geral, associações de familiares conseguem cumprir uma parte que nosso sistema de saúde não cumpre.
Elas ajudam a pessoa a conviver melhor com a sua doença. Para que aceite melhor, por meio de palestras psicoeducacionais e grupos de autoajuda - complementa Helena.


   É bem por aí mesmo a coisa. A parte mais importante de tudo é aceitar que tem a doença, pois enquanto isso não acontecer o tratamento não vai surtir efeito. A pessoa tem que perceber que a medicação e a psicoterapia vão ajudá-lo a seguir com o tratamento. E não pode, em hipótese alguma, achar que, porque está melhor tomando os remédios que já curou a doença, porque Bipolaridade não tem cura e a pessoa tem que tomar remédio para a vida toda.
  Falando assim, parece que é fácil para mim, mas eu já experimentei os dois lados, com e sem remédio e, por mais que eu negue, sem remédio é bem pior. E ter "ataques" de ira com as pessoas que gosto não é nada legal. Claro que isso não acontece com todo o bipolar, isso depende de cada um, mas comigo é assim que funciona.
  Mas o melhor de tudo ainda é quando a gente tem o apoio da família. Triste é quando as pessoas que tu achas que gostam de ti ficam te dizendo que tu não tens nada e que está querendo aparecer ou que é mimada, daí fica complicado.
  Bem, semana que vem vou publicar a terceira e última parte da reportagem. 

  Espero que estejam gostando e até a semana que vem.



terça-feira, 20 de junho de 2017

Bipolaridade - Reportagem na Zero Hora

Saudações Mortais...

Aqui estou eu, na terça-feira, dia do Ementário Noturno. Confesso que não sabia muito o que escrever hoje... queria escrever mil assuntos, mas a cabeça está meio lenta, naquela fase em que se quer pensar, mas não se consegue porque está muito de...va...gar...
Mas vamos lá, que acredito eu deva ter alguns bipolares por aí querendo mais informação...
Essa reportagem que eu vou transcrever é da Zero Hora e foi publicada em 2015. Sei, faz um tempo, mas todos nós sabemos que a Bipolaridade não tem prazo de validade,  a coisa é sempre a mesma, só acrescenta mais conhecimento,
Talvez eu divida a reportagem em sessões não sei ao certo, porque não quero deixar o texto imenso e enfadonho.
Vamos lá,

MORENO, Doris Hupfeld. Mentes inquietas. Zero Hora. Porto Alegre, 21 nov., 2015.

Mentes inquietas

Sem causas bem definidas e exames que comprovem o problema, o transtorno bipolar pode levar anos para ser diagnosticado.
O transtorno de humor bipolar é uma doença da qual ainda não se sabe muito sobre as causas e não há exames que possam comprovar o diagnóstico. Conhecida pela alternância  entre fases de mania e depressão, a enfermidade apresenta um rol de sintomas e nuances que não se restringem à oscilação de humor e que tornam o diagnóstico mais complicado. No Brasil, uma pessoa  com o problema demora, em média, seis anos para descobrir que sofre com a doença.
Dois são os tipos em que se divide o transtorno: no tipo 1, o paciente apresenta episódios de mania, que pode se manifestar como psicose  e, no tipo 2, menos grave, apresenta hipomania - a pessoa fica acelerada, dorme mal, tem exaltação de humor. Quem é diagnosticado com o primeiro também pode apresentar episódios de hipomania, mas, para isso, precisa ter tido ao menos um registro de mania so longo da vida. As duas formas trazem algumas dificuldades para o diagnóstico.
- O tipo 1 pode ser confundido com doenças como a esquizofrenia, já com o 2 com depressão. Cada um tem os seus desafios - explica o psiquiatra Flávio Kapczinski, professor titular da Faculdade de Medicina da UFRGS e coordenador do Programa de Tratamento de Humor Bipolar do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Kapczinski também estuda as bases biológicas do transtorno e relata que os avanços mais atuais são sobre o que é chamado neuroprogressão do quadro do paciente:
- Em um grupo que temos no Clínicas e em outras pesquisas, mostrou-se que, quando a pessoa tem mais de 10 episódios da doença, há uma tendência de diminuição de volume de certas áreas do cérebro, as pré-frontais, como o hipocampo, responsável pela memória. Mas isso não ocorre com todos. Alguns exames, particularmente a ressonância magnética, é que ajudam a fazer essa distinção. Por isso a importância da adesão ao tratamento, que ajuda a evitar os episódios de mania ou hipomania e depressão.
- Até pouco tempo atrás não se considerava o transtorno bipolar como uma doença que causasse danos cerebrais. Hoje já se sabe que pode deixar uma sequela - reitera a psiquiatra Helena Maria Calil, ex-presidente da Associação Brasileira de Amigos, Familiares e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata) e com longa atuação na área.
Para Doris Hupfeld Moreno, psiquiatra e pesquisadora do Grupo de Doenças Afetivas do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas da USP, todo paciente para o tratamento ao menos uma vez na vida, o que faz do conhecimento do transtorno algo essencial para as pessoas:
- Para todas as doenças crônicas, a adesão é um problema. por isso faz parte do tratamento entender os sintomas. Todos param o tratamento alguma vez. Cada um precisa "apanhar" da doença, para, aos poucos, aprender a se tratar. É um processo.

Preconceito com a doença ainda é grande

Assim como em outras doenças mentais, o preconceito atua sobre as dificuldades de procurar ajuda.
- O estigma ainda é muito grande no Brasil. Alastra-se o mito de que todo mundo é bipolar, mas 90% não são. Vira até adjetivo. Isso apenas acentua o preconceito. E, quando alguém fala que tem transtorno bipolar, as outras pessoas se afastam. Mas quem tem, quando bem tratado, não aparenta o transtorno - completa Doris.
Por isso também que o nome mudou de psicose maníaco-depressiva para o atual, conta o psiquiatra José Alberto Del Porto:
-O termo psicose é muito carregado de estigma, e nem sempre o transtorno bipolar se configura por ele. Temos formas mais leves que se caracterizam mais por exaltação do humor, sem te delírios, que é uma marca da psicose. 

Vou continuar na terça que vem essa transcrição, mas antes de ir embora queria fazer alguns comentários.
Verdade, é complicado quando se diz para as pessoas que se é bipolar e é bem verdade que as criaturas ficam chamando qualquer pessoa que teve uma mudança simples de humor de bipolar. Nossa, se a gente vai seguir assim, imagina! Até a Natureza é Bipolar :)
Infelizmente, no meu caso, não tive dificuldade em ser diagnosticada bipolar, Desde o bendito psiquiatra em que eu fui até o último, todos me disseram A MESMA COISA. Então vocês podem me perguntar: "Mas isso não é bom? Tipo, o diagnóstico não foi errado?" É, por um lado isso é bom, porque tu não ficas como um idiota para todo lado sem saber o que realmente tens, mas por outro... eu não queria ter esse diagnóstico. Aliás, ninguém quer, a não ser que sejam daquelas pessoas que glamorizam a doença, se achando o máximo por ser bipolar. Vamos ser francos, QUALQUER TIPO DE DOENÇA é terrível. Se fosse bom, não seria chamado de doença, não é mesmo?
Mas o ruim de tudo isso é o apoio que precisamos ter. É muito comum as pessoas perto de ti acharem que tu estás querendo aparecer quando se diz bipolar. Já ouvi de gente que nem merece ser lembrada, que convivia direto comigo que eu queria aparecer, que eu era mimada, quando eu tinha os meus "ataques".
Ah! Fala sério. As criaturas acham mesmo que se fosse para chamar a atenção eu iria ao psiquiatra, gastaria uma fortuna em remédio e exame e ficaria tomando remédio para o resto da vida? Nossa, que idiotice, era melhor pendurar uma melancia no pescoço e sair batendo tambor no meio da rua... pra que querer chamar a atenção gastando dinheiro e tomando remédio?
Sabem qual o problema disso tudo? A mesma coisa que eu falo sempre: as pessoas não respeitam o outro, não se colocam no lugar do outro. Dessa forma fica muito fácil de acusar a pessoa de querer aparecer. Ninguém quer perder o seu tempo tentando entender o outro. O motivo do outro agir daquela forma. É como eu escrevi na última publicação, se a última psiquiatra, sabendo que eu não poderia continuar com a terapia devido às finanças não se deu ao trabalho de buscar ao mínimo um desconto com a Direção, para que eu continuasse com o acompanhamento e tratamento, que é o profissional responsável por isso e que sabe que a Bipolaridade é uma das doenças que mais causa o suicídio entre as pessoas, o que dirá das pessoas que convivem contigo e não estudaram para saber sobre a doença? E sem falar na célebre frase... são pessoas....
Logo, antes de ir só tenho a dizer uma coisa, Bipolaridade é uma doença terrível. Confesso que fiquei preocupada quando li que pode afetar partes como na memória, por exemplo, mas o que fazer? Não pedi para vir com esse defeito de fábrica :) Deduzi que o que se pode fazer é se cercar de pessoas que realmente gostem de ti e estejam dispostas a aguentar a complicação que é uma crise bipolar. Isso já é uma grande vitoria para pessoas bipolares como eu. Porque, vamos concordar: a vida em si já tem um monte de problemas e aprendizados para nós, ninguém merece ter pessoas imbecis que não sabem de nada querendo bancar os psiquiatras em volta para infernizarem a tua vida.

Bem, depois disso, fico por aqui. Até semana que vem,
Abraços,