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terça-feira, 10 de outubro de 2017

Esperança...

Esperança

Hoje meu coração bateu de novo
Estava frio e quase nem bombeava o sangue pelo meu corpo
Mas tu apareceu em minha vida
Me deu a mão e me mostrou 
Que o sonho ainda existe
A esperança que estava se apagando
Recuperou um pouco da cor 
E eu voltei a acreditar 
Que alguém como tu 
Existia para amar
Minha alma brilhou na mesma energia 
Que a tua 
E agora estamos ligados 
Em sangue, amor e desejo
Daqui até o final dos tempos
Infinitamente


terça-feira, 3 de outubro de 2017

Mentes inquietas parte 3

Saudações Mortais,

Segue a última parte da reportagem sobre Bipolaridade.


Crianças e adolescentes

A maioria dos sintomas de transtorno bipolar já ocorre na infância e na adolescência, um período em que as primeiras manifestações da doença podem se apresentar ao mesmo tempo em que outros transtornos aparecem, como déficit de atenção, por exemplo. Mas, às vezes, é somente na fase adulta que se dá o diagnóstico.
- Quando conversamos com um adulto bipolar, muitas vezes descobrimos que os sintomas começaram por volta dos 14 ou 15 anos - explica a psiquiatra de crianças e adolescentes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre Silzá Tramontina.
Além disso, quando o adolescente apresenta irritabilidade, os pais podem tomar como "algo da adolescência", quando na verdade, esse já pode ser um sintoma das fases de mania ou hipomania, ressalta Doris Husfeld Moreno, da USP:
- Confunde-se, mas talvez não seja. Normalmente, quem percebe são os pares, colegas de escola, porque esses adolescentes (com transtorno bipolar) são os que, frequentemente, praticam ou sofrem bullying.
Em um diagnóstico completo, os sintomas são muito semelhantes aos de um adulto, mas com algumas particularidades.
- A sexualidade, por exemplo, aparece de um jeito diferente. A criança pode querer tirar a roupa na sala de aula - afirma Silzá.
Outra diferença aparece nos períodos das fases em que a doença se apresenta. Em adultos, é preciso uma semana de sintomas de mania, por exemplo, para caracterizar a doença. Para os pequenos, pode ser algo que varia bastante mesmo no decorrer de um dia.
A especialista ainda ressalta que, mesmo que pareça haver um aumento nos casos, é uma prevalência baixa:
- Hoje, vemos muito diagnóstico em cima disso. Mas precisamos lembrar que é raro. Quando começa a se falar demais disso, as pessoas ficam muito alertas. Diversas crianças são diagnosticadas por outros profissionais, que desconhecem as peculiaridades de quando a doença se apresenta nessa faixa etária. Temos de ter cuidado, porque é um diagnóstico muito sério.
Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos e publicada na revista científica Archives of General Psychiatry mostrou que, após mais de 10 mil entrevistas com adolescentes entre 13 e 18 anos, descobriu-se que uma média de 2,5% desses jovens teve episódios de mania e de depressão nos últimos 12 meses e preencheu os critérios para o diagnóstico do transtorno.
Ainda que não haja um estudo em grande escala sobre a prevalência da bipolaridade na população infantil, estudiosos estimam que ela atinja até 2% de crianças e adolescentes ao redor do mundo.

40% das crianças e adolescentes com transtorno bipolar têm ao menos duas tentativas de suicídio , que podem ser menos explícitas e tomadas como "atitudes de criança agitada". Por exemplo, sair correndo em direção aos carros em uma rua movimentada.

Sintomas nessa fase da vida

Apresentar muita mudança de humor e aumento da irritabilidade e da energia.
Ter pouco sono e estar sempre "a milhão".
Chutes e explosões de raiva.
Expressar-se dizendo que tem muita raiva, sem motivo aparente.
Dizer coisas horríveis para os pais.
Não ir bem na escola.


Bem, então era essa a reportagem. Espero que gostem.
Até a próxima semana.



terça-feira, 26 de setembro de 2017

Mentes inquietas parte 2

Saudações Mortais...

Segue aqui a segunda parte da reportagem da Zero Hora sobre Bipolaridade.

CARACTERÍSTICAS DO TRANSTORNO

Na fase maníaca:

Irritação
Agressividade
Pensamento e fala rápidas
Eficiência além da conta
Fazer coisas sem medir as consequências
Insônia ou pouca necessidade de sono
Comportamentos impulsivos


Na fase depressiva

Desânimo
Falta de eficiência
Tristeza profunda
Sensação de vazio
Falta de apetite
Pensamentos suicidas e de morte


Tratamento


Para ficar bem, o paciente com transtorno de humor bipolar precisa se conscientizar de que, depois do diagnóstico, não deve mais abandonar a medicação e, também fazer mudanças no estilo de vida. A doença tem forte componente genético - nos casos em que um familiar de primeiro grau tem o transtorno, aumenta-se de 1% para 10% os riscos de ter a doença -, mas também pode ser influenciada por muitos fatores ambientais. Sono desregulado, estresse, uso de drogas e abuso de álcool podem ajudar a desencadear crises.
- O que a gente trabalha com os pacientes é o que o estilo de vida tem de sair do sedentarismo e se aproximar muito do atlético, como se fosse se preparar para uma competição, com uma dieta regrada, horários regulados, trabalho regular - diz Flávio.
A família pode ajudar no diagnóstico porque será quem contribui nas informações do histórico da pessoa. Mas também tem papel importante no acompanhamento do tratamento.
- Em primeira instância, vem o medicamento, mas, em geral, associações de familiares conseguem cumprir uma parte que nosso sistema de saúde não cumpre.
Elas ajudam a pessoa a conviver melhor com a sua doença. Para que aceite melhor, por meio de palestras psicoeducacionais e grupos de autoajuda - complementa Helena.


   É bem por aí mesmo a coisa. A parte mais importante de tudo é aceitar que tem a doença, pois enquanto isso não acontecer o tratamento não vai surtir efeito. A pessoa tem que perceber que a medicação e a psicoterapia vão ajudá-lo a seguir com o tratamento. E não pode, em hipótese alguma, achar que, porque está melhor tomando os remédios que já curou a doença, porque Bipolaridade não tem cura e a pessoa tem que tomar remédio para a vida toda.
  Falando assim, parece que é fácil para mim, mas eu já experimentei os dois lados, com e sem remédio e, por mais que eu negue, sem remédio é bem pior. E ter "ataques" de ira com as pessoas que gosto não é nada legal. Claro que isso não acontece com todo o bipolar, isso depende de cada um, mas comigo é assim que funciona.
  Mas o melhor de tudo ainda é quando a gente tem o apoio da família. Triste é quando as pessoas que tu achas que gostam de ti ficam te dizendo que tu não tens nada e que está querendo aparecer ou que é mimada, daí fica complicado.
  Bem, semana que vem vou publicar a terceira e última parte da reportagem. 

  Espero que estejam gostando e até a semana que vem.



terça-feira, 20 de junho de 2017

Bipolaridade - Reportagem na Zero Hora

Saudações Mortais...

Aqui estou eu, na terça-feira, dia do Ementário Noturno. Confesso que não sabia muito o que escrever hoje... queria escrever mil assuntos, mas a cabeça está meio lenta, naquela fase em que se quer pensar, mas não se consegue porque está muito de...va...gar...
Mas vamos lá, que acredito eu deva ter alguns bipolares por aí querendo mais informação...
Essa reportagem que eu vou transcrever é da Zero Hora e foi publicada em 2015. Sei, faz um tempo, mas todos nós sabemos que a Bipolaridade não tem prazo de validade,  a coisa é sempre a mesma, só acrescenta mais conhecimento,
Talvez eu divida a reportagem em sessões não sei ao certo, porque não quero deixar o texto imenso e enfadonho.
Vamos lá,

MORENO, Doris Hupfeld. Mentes inquietas. Zero Hora. Porto Alegre, 21 nov., 2015.

Mentes inquietas

Sem causas bem definidas e exames que comprovem o problema, o transtorno bipolar pode levar anos para ser diagnosticado.
O transtorno de humor bipolar é uma doença da qual ainda não se sabe muito sobre as causas e não há exames que possam comprovar o diagnóstico. Conhecida pela alternância  entre fases de mania e depressão, a enfermidade apresenta um rol de sintomas e nuances que não se restringem à oscilação de humor e que tornam o diagnóstico mais complicado. No Brasil, uma pessoa  com o problema demora, em média, seis anos para descobrir que sofre com a doença.
Dois são os tipos em que se divide o transtorno: no tipo 1, o paciente apresenta episódios de mania, que pode se manifestar como psicose  e, no tipo 2, menos grave, apresenta hipomania - a pessoa fica acelerada, dorme mal, tem exaltação de humor. Quem é diagnosticado com o primeiro também pode apresentar episódios de hipomania, mas, para isso, precisa ter tido ao menos um registro de mania so longo da vida. As duas formas trazem algumas dificuldades para o diagnóstico.
- O tipo 1 pode ser confundido com doenças como a esquizofrenia, já com o 2 com depressão. Cada um tem os seus desafios - explica o psiquiatra Flávio Kapczinski, professor titular da Faculdade de Medicina da UFRGS e coordenador do Programa de Tratamento de Humor Bipolar do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Kapczinski também estuda as bases biológicas do transtorno e relata que os avanços mais atuais são sobre o que é chamado neuroprogressão do quadro do paciente:
- Em um grupo que temos no Clínicas e em outras pesquisas, mostrou-se que, quando a pessoa tem mais de 10 episódios da doença, há uma tendência de diminuição de volume de certas áreas do cérebro, as pré-frontais, como o hipocampo, responsável pela memória. Mas isso não ocorre com todos. Alguns exames, particularmente a ressonância magnética, é que ajudam a fazer essa distinção. Por isso a importância da adesão ao tratamento, que ajuda a evitar os episódios de mania ou hipomania e depressão.
- Até pouco tempo atrás não se considerava o transtorno bipolar como uma doença que causasse danos cerebrais. Hoje já se sabe que pode deixar uma sequela - reitera a psiquiatra Helena Maria Calil, ex-presidente da Associação Brasileira de Amigos, Familiares e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata) e com longa atuação na área.
Para Doris Hupfeld Moreno, psiquiatra e pesquisadora do Grupo de Doenças Afetivas do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas da USP, todo paciente para o tratamento ao menos uma vez na vida, o que faz do conhecimento do transtorno algo essencial para as pessoas:
- Para todas as doenças crônicas, a adesão é um problema. por isso faz parte do tratamento entender os sintomas. Todos param o tratamento alguma vez. Cada um precisa "apanhar" da doença, para, aos poucos, aprender a se tratar. É um processo.

Preconceito com a doença ainda é grande

Assim como em outras doenças mentais, o preconceito atua sobre as dificuldades de procurar ajuda.
- O estigma ainda é muito grande no Brasil. Alastra-se o mito de que todo mundo é bipolar, mas 90% não são. Vira até adjetivo. Isso apenas acentua o preconceito. E, quando alguém fala que tem transtorno bipolar, as outras pessoas se afastam. Mas quem tem, quando bem tratado, não aparenta o transtorno - completa Doris.
Por isso também que o nome mudou de psicose maníaco-depressiva para o atual, conta o psiquiatra José Alberto Del Porto:
-O termo psicose é muito carregado de estigma, e nem sempre o transtorno bipolar se configura por ele. Temos formas mais leves que se caracterizam mais por exaltação do humor, sem te delírios, que é uma marca da psicose. 

Vou continuar na terça que vem essa transcrição, mas antes de ir embora queria fazer alguns comentários.
Verdade, é complicado quando se diz para as pessoas que se é bipolar e é bem verdade que as criaturas ficam chamando qualquer pessoa que teve uma mudança simples de humor de bipolar. Nossa, se a gente vai seguir assim, imagina! Até a Natureza é Bipolar :)
Infelizmente, no meu caso, não tive dificuldade em ser diagnosticada bipolar, Desde o bendito psiquiatra em que eu fui até o último, todos me disseram A MESMA COISA. Então vocês podem me perguntar: "Mas isso não é bom? Tipo, o diagnóstico não foi errado?" É, por um lado isso é bom, porque tu não ficas como um idiota para todo lado sem saber o que realmente tens, mas por outro... eu não queria ter esse diagnóstico. Aliás, ninguém quer, a não ser que sejam daquelas pessoas que glamorizam a doença, se achando o máximo por ser bipolar. Vamos ser francos, QUALQUER TIPO DE DOENÇA é terrível. Se fosse bom, não seria chamado de doença, não é mesmo?
Mas o ruim de tudo isso é o apoio que precisamos ter. É muito comum as pessoas perto de ti acharem que tu estás querendo aparecer quando se diz bipolar. Já ouvi de gente que nem merece ser lembrada, que convivia direto comigo que eu queria aparecer, que eu era mimada, quando eu tinha os meus "ataques".
Ah! Fala sério. As criaturas acham mesmo que se fosse para chamar a atenção eu iria ao psiquiatra, gastaria uma fortuna em remédio e exame e ficaria tomando remédio para o resto da vida? Nossa, que idiotice, era melhor pendurar uma melancia no pescoço e sair batendo tambor no meio da rua... pra que querer chamar a atenção gastando dinheiro e tomando remédio?
Sabem qual o problema disso tudo? A mesma coisa que eu falo sempre: as pessoas não respeitam o outro, não se colocam no lugar do outro. Dessa forma fica muito fácil de acusar a pessoa de querer aparecer. Ninguém quer perder o seu tempo tentando entender o outro. O motivo do outro agir daquela forma. É como eu escrevi na última publicação, se a última psiquiatra, sabendo que eu não poderia continuar com a terapia devido às finanças não se deu ao trabalho de buscar ao mínimo um desconto com a Direção, para que eu continuasse com o acompanhamento e tratamento, que é o profissional responsável por isso e que sabe que a Bipolaridade é uma das doenças que mais causa o suicídio entre as pessoas, o que dirá das pessoas que convivem contigo e não estudaram para saber sobre a doença? E sem falar na célebre frase... são pessoas....
Logo, antes de ir só tenho a dizer uma coisa, Bipolaridade é uma doença terrível. Confesso que fiquei preocupada quando li que pode afetar partes como na memória, por exemplo, mas o que fazer? Não pedi para vir com esse defeito de fábrica :) Deduzi que o que se pode fazer é se cercar de pessoas que realmente gostem de ti e estejam dispostas a aguentar a complicação que é uma crise bipolar. Isso já é uma grande vitoria para pessoas bipolares como eu. Porque, vamos concordar: a vida em si já tem um monte de problemas e aprendizados para nós, ninguém merece ter pessoas imbecis que não sabem de nada querendo bancar os psiquiatras em volta para infernizarem a tua vida.

Bem, depois disso, fico por aqui. Até semana que vem,
Abraços,


quarta-feira, 14 de junho de 2017

Psiquiatria incompetente

Olá Mortais...

Hoje acordei com vontade de deliberar sobre um assunto que, acredito eu, muitos de nós, bipolares, já passaram por isso: encontrar um psiquiatra que preste.
A Bipolaridade já é complicada de diagnosticar e, enquanto isso não acontece, a criatura fica sofrendo enquanto os outros que estão à volta acham que a pessoa está querendo aparecer. 
Então, quando ela é diagnosticada fica pior ainda, porque é preciso encontrar um psiquiatra que preste para ajudar a pessoa. E aí começa mais um sofrimento. Passei por alguns psiquiatras que não estão nem aí pra ti. O que interessa a eles é o dinheiro. Pagou, se tratou, caso contrário cai fora.
Normalmente o tratamento fica melhor quando o psiquiatra também atua como psicólogo. Meu penúltimo psiquiatra era assim e, confesso que tendo vontade de matá-lo em algumas vezes, fiquei bem contente com o andamento das sessões e senti falta quando tive de trocar, porque o cara voltou para a cidade dele.
Passei por um período financeiro deselegante e o cara conseguiu que eu permanecesse com a terapia por um preço mais acessível. Acontece que, quando ele foi embora, a psiquiatra que assumiu, mesmo sabendo das minhas finanças, aceitou numa boa quando eu disse que não faria mais terapia e só viria para solicitar a medicação.
Nossa! Acho que a criatura comprou o diploma na Internet. Não sabe que a Bipolaridade é uma das doenças mais complicadas que existem? 
O paciente chega e diz que não vai mais fazer a terapia porque não tem dinheiro e o que o profissional faz? Aceita numa boa, sabendo que a criatura é passível de uma depressão complicada e pode cometer suicídio... No mínimo, por respeito ao bipolar, o profissional poderia tentar um desconto com os superiores para que a pessoa não ficasse sem assistência, mas para quê? Não tem dinheiro, te vira.
Sei que todo precisamos trabalhar e ganhar o pão de cada dia, mas fala sério... onde está a parte médica da coisa? Olha a viagem... um bipolar diz  que vai parar a terapia pois não tem dinheiro e o profissional que pode fazer algo a respeito como solicitar um desconto não está nem aí e diz que está tudo beleza.
Às vezes me pergunto como esse tipo de profissional pode deitar com a consciência tranquila sabendo que, por falta de interesse e profissionalismo, um paciente pode cometer suicídio por negligência médica? 
Não sei ainda como me espanto com isso, se são só seres humanos, que não compreendem a si mesmos, tentando "ajudar" outros seres humanos a se compreenderem...
Triste ilusão à minha...

Até semana que vem,



terça-feira, 6 de junho de 2017

Poema

Não dá mais...
Cansei de lutar
Tento fazer algo de bom, mas
Parece que estou sempre a piorar
As coisas ao meu redor podem estar bem
Mas lá no fundo eu não consigo ver a luz
A cada dia que passa piora mais
O que é isso que me tranca a alma
e me agonia a o pensamento?
Não quero mais, não quero mais
Ser o entrave dos outros e de mim mesma
Preciso fazer isso parar,
Preciso do meu peso os outros livrar
Quem haverá de gostar de alguém tão
Inútil assim?
Só quero um pouco de paz
Paz de alma,
Paz de espírito
Gostaria tanto de fazer quem eu amo
Alguém feliz...
Mas parece que nem isso posso fazer
Frio e tristeza em emu coração
Não vejo outra saída que a escuridão
Se depois que eu for embora
Ninguém lembrar de mim
Não ficarei triste porque
Pois sei que sempre foi assim...
Vim para cá sem ser questionada
E agora da vida sou cobrada
Pensei fazer algo de útil
Mas não passo de alguém fútil
Só entristeço quem me ama
E por melhor que eu tente ser
Só consigo piorar...
Ah... eu precisava tanto descansar

Vampyra Morgh


Era isso, espero que gostem. Até mais...



segunda-feira, 3 de abril de 2017

Bipolaridade.... de novo

Saudações Mortais...

Vou começar as postagens do blog de 2017 de forma bem direta: falando sobre bipolaridade (como se eu já não tivesse tocado no assunto antes, mas vá lá).
Na verdade, não vou ficar aqui dando a minha opinião. Vou copiar uma reportagem que saiu na Zero Hora de novembro de 2015.
Na sequência quero postar aqui o livro Uma mente inquieta que conta a trajetória de uma psiquiatra que descobriu que era bipolar. Triste realidade quando eu li esse livro achando que não teria nada a ver comigo, mas à medida que eu lia e ia sublinhando as partes semelhantes as situações que eu havia vivido quase surtei ao ver que, por muito pouco, eu não sublinhei o livro todo :(

Então lá vai:

HUMOR BIPOLAR

O transtorno bipolar transforma a vida em uma corda banda, que oscila entre fases de mania  e depressão e exige tratamento constante.

 Maria Rita Horn

Ao mesmo tempo, assustadora e empolgante. Uma vida poderosa e que desliza na trajetória de um foguete, mas que também se aproxima da letalidade. Entender os contornos do transtorno de humor bipolar é compreender as fronteiras que mais parecem uma corda bamba e que permeiam o cotidiano de quem sofre com a doença.
Winston  Churchill, Vincent van Gogh, Ernest Hemingway, Virginia Woolf, Kurt Cobain. Pintavam, compunham e escreviam deleites. Retomada de registros sobre essas personalidades demonstra que eram pessoas com transtorno bipolar. Mas não porque fossem gênios em diferentes habilidades. Abuso de álcool e drogas, corte de uma orelha e suicídios mostram que não há charme nessa doença psiquiátrica, que afeta não apenas pessoas de talento, mas de 8% a 10% da população mundial - proporção que leva em consideração os casos mais graves e os mais leves.
- A pessoa tem mesmo a sensação de que está mais inteligente, mais criativa, fazendo mais coisas, mas isso é muito subjetivo. Ela dimensiona de modo errado no momento sintomático, de mania, e começa muitos projetos ,sem terminar. Ela pode, de fato, executar mais, o problema é a qualidade disso. Vemos isso no Schubert (compositor austríaco), por exemplo. Percebemos que, nessas fases, a produção aumenta, mas não são as obras de maior qualidade - explica Doris Hupfeld Moreno, psiquiatra e pesquisadora do Grupo de Doenças Afetivas do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas da USP.
No livro Simplesmente Bipolar (Editora ZAhar, 2015), o psicanalista inglês Darian Leader cita o escritor escocês Brian Adams, que resumiu suas curvas de mania em outra obra sobre o assunto e questionou a propaganda da doença: "Adams pergunta por que essas listas (de famosos bipolares) se concentram, invariavelmente, nos nomes daqueles que contribuíram para a cultura, e não nos dos que a prejudicaram".
Se tratado, Van Gogh talvez tivesse vivido por mais tempo. Mais de suas obras teriam ficado para a posteridade. Doença crônica, o transtorno de humor bipolar prejudica a vida do paciente no trabalho, nos relacionamentos afetivos e na escola, e até mesmo causa declínio cognitivo se não for acompanhado por tratamento médico.


Bem, por hoje era isso. Aos poucos eu vou voltando a ler sobre essa doença dos infernos e vou trazendo as informações para vocês.
Fico por aqui....