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terça-feira, 24 de março de 2015

Voltando literalmente dos mortos...

Saudações Mortais...

Voltando mais uma vez das sombras... tentarei não me afastar mais, mas... sabe-se lá... nos acontecem cada coisa nesta vida...

Verifiquei que estou há um ano e alguns meses sem escrever uma vírgula sequer aqui. Óh! Triste vida... tenho tanta coisa para escrever... mas agora tudo vai depender da organização das coisas. Não adianta ficar um ano longe e quando voltar, querer despejar tudo de uma vez.
Sendo assim, vou começar aos poucos. Vou postar um poema que escrevi em 8 de janeiro para o Blog Vale das Sombras.



Animal
Animal. Quem?
Polui, maltrata, mata, destrói
Não pensa antes de agir
Altera o equilíbrio
Não está nem aí
Magoa, fere, mente, finge
Transfere a culpa ao de Chifres
Mas não para em nenhum momento
Para se olhar no espelho
E analisar o que fez
Acha-se digno de afirmar
Ser racional
Se a razão existisse
A guerra não aconteceria
A raiva não prevaleceria
A miséria não cresceria e
Moralmente, haveria evolução
Pedante ao se achar dono da
Situação como se fosse o
Senhor do Universo
Arrogante em pensar que está
Acima do que quer que seja
Ser nocivo e cruel
Mau com os da mesma espécie
Racional?
Quem é o animal?
Quem segue o curso antinatural
Usando o conhecimento para destruição?
Para traição?
A natureza impõe o sofrimento, a perda
A este animal
Através de causas naturais e o faz
Perecer diante de sua força
Até um dia esgotar tudo e não haver nada
Só escuridão
Quem é o mais animal?
O de duas ou de quatro patas?
Se a amizade, fidelidade, felicidade, sinceridade,
Pureza e o amor incondicional, sem cobrança alguma,
São procurados
Então só há um rumo natural a seguir
A natureza que chegou primeiro
Com toda a sua sabedoria
Ensinando, cada vez com menos êxito,
O respeito pelo próximo,
O cuidado com o lar
A proteção da vida
Porém, nem tudo está perdido
Ainda há saída
Mire o olhar de um quatro patas
Observe suas atitudes
Seu comportamento
Se fores merecedor
Perceberás que naquele olhar
Todas as coisas boas estão contidas
As lembranças da infância ao correr
A capacidade de amar por amar
(sem cobrar)
A fidelidade eterna
E a amizade sem fim
Então, quando isso acontecer
Pode ser que, nesse momento,
O duas patas entenda o que
É viver
                    Vampyra Morgh




Espero que tenham apreciado.
Ósculos e amplexos,


Ass1.jpg


domingo, 9 de fevereiro de 2014

Cobras

Saudações Mortais...

Hoje vi um desenho antigo na televisão, um desenho de 2011... que me fez lembrar das origens. Eu simplesmente não gosto de cobras, mas a cobra que aparece no desenho Rango é perfeita! Aqueles olhos...
 








           Tem uma parte no desenho que o Jake (cobra) pega a mocinha e diz algo do tipo: "... em nome do fogo do Inferno..."
          Em outro momento, a mocinha manda a cobra para o inferno e o Jake o que é que diz? "... e de onde você acha que eu venho? "
         A cena em que ele coloca o veneno no copo é perfeita... amei!
         Coisa mais elegante!
         Até a próxima,


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Nada de novo...

   Minha primeira postagem de 2014... mas não há nada de novo.
   Não desejei, não pedi, não planejei...
   Fazer tudo isso por que e para quê, se minhas atitudes ainda continuam sendo as mesmas? Não posso esperar resultado nenhum diferente.
   Na verdade acho ridículo essa parafernália toda de ano novo. Que tanta felicidade as pessoas
encontram no início do ano? Mais impostos, mais arrogância, mais pessoas se matando, mais destruição do planeta? No que há para se se comemorar nisso tudo? Pra mim é só mais um ano que começa e eu que eu sei que vai ser exatamente como no ano anterior, sem surpresas, sem novidades...
    Além de ainda pensar no Rian, ainda contabilizei no ano de 2013 a morte de dois bichinhos meus de extimação, um em janeiro e o outro agora, dia 28 de dezembro... E ainda depois vem as criaturas com aquelas malditas champanhes com gosto de vômito fazer planos e desejar coisas boas.
    Faça-me o favor,
 
 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Um pedido de ajuda...

   Saudações Mortais...

   Não sei se muitas pessoas leem o que eu escrevo aqui, mas enfim, sempre existe alguém que lê.
   Estou pedindo ajuda para tentar entender a situação ocorrida com o menino Rian. Por incrível que pareça, ainda penso nele (depois de 3 meses) e sinto vontade de chorar. No final do ano, me programei (mais ou menos) para ir ao Cemitério da Santa Casa, para levar uma "lembrancinha" para ele.
   Já li tantas notícias de crianças que, infelizmente foram embora, mas nenhuma, nenhuma delas me abalou tanto quanto o Rian.
   Já pensei em entrar em contato com a escola Chapéu do Sol que era onde ele estudava, mas perdi a coragem. O que é que eu vou dizer? "Me passem informações, fotos e o que mais tiver do Rian, porque eu preciso conhecê-lo. Nunca o vi, mas de alguma forma eu estava conectada com ele quando li aquela reportagem terrível do acidente."
   Queria falar com os colegas dele, com os melhores amigos e ouvir histórias e situações do Rian...
   Eu também queria poder falar com a família dele, para ajudar de alguma forma, queria ver o quarto dele, ver fotos dele e ouvir alguém da família contar as travessuras e coisas legais que ele fez. Cheguei até pensar em escrever um livro sobre ele e entregar para a família depois...
  Viram? Tantos pensamentos, tantas ideias amalucadas sobre uma criança que eu nunca vi, mas que sinto falta como se fizesse parte de mim...
   Por isso peço encarecidamente que, se alguém de Porto Alegre, que conheceu o menino: Rian Ritriel Neves Correa, que entre em contato comigo. Não quero fazer nada que prejudique a memória dele, mas eu preciso saber mais sobre ele.
   Minha mente me diz que isso é loucura, os espíritas dizem que é normal e meu coração acha que existe alguma coisa entre mim  e o Rian, mas eu não tenho a mínima ideia do que fazer para resolver essa situação. Na verdade, eu só queria ter paz e saber que está tudo bem com o Rian, onde ele estiver. Também preciso entender o motivo disso tudo.
   Se houver por aí alguém que possa dar uma ajuda, qualquer que seja. Seja para falar do Rian, seja para explicar o motivo desse sentimento que eu tenho, que diminui, mas nunca some... é uma dor no peito contínua que parece que não está ali, mas está sempre presente...
   Uma ajuda, só peço uma ajuda...
 
 
 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Poemas...


Saudações Mortais...

Sinto muito, mas muito mesmo não ter escrito por 2 meses seguidos. Acontece que tive alguns imbróglios (sei que ninguém quer saber dos meus problemas, apenas comunico que foram eles os responsáveis por minha ausência).
Não sei se vocês lembram, mas o último texto que escrevi foi uma homenagem (se é que dá para chamar assim) a um menino de 8 anos que faleceu dia 10 de julho desse ano. Depois de amanhã ele completa 3 meses de ausência...
Nunca vi essa criança e nem sabia da existência dela até o dia em que eu li a reportagem de seu atropelamento. A tristeza e a angústia amainaram, mas não foram embora. Se eu parar e pensar na situação começo a chorar como se ele fosse o meu filho.
Para um tipo de situação como essa, somente recorrendo aos Espíritas, mas eles pediram que eu tivesse paciência... coisa quase impossível para uma ariana, que tudo aconteceria no se devido tempo blá, blá, blá...
Parei de procurar o motivo dessa situação, mas penso no menino de forma constante, embora não tanto quanto antes, mas penso. Até um desenho dele eu fiz. Não sei se está certo ou errada, apenas desenhei o que veio à minha mente. Quando eu tiver um tempo terei de ir ao Cemitério da Santa Casa, que é onde ele está, para ver se existe alguma foto dele e, finalmente ver como o Rian era. Aproveitarei para deixar uma lembrancinha...
Por isso não escrevi, pois meus pensamentos estavam voltados para apenas uma direção. Agora, acredito que as coisas estejam melhores.
Sei que esse espaço não é para isso, mas se alguém entender do assunto e puder ajudar de alguma forma, eu ficaria agradecida. Só queria entender o motivo de eu sentir tanta tristeza e falta de uma criança que eu nem tinha consciência de que existia, só isso.
Deixo com vocês o segundo poema que eu fiz para o Rian.
Espero que gostem,


Rian

Hoje faz quinze dias que nos deixaste

por que fizeste isso?

A dor da saudade

é imensa no peito

A certeza de que nunca mais

estarás aqui é horrível

Como viver dia após dia

Sem o teu sorriso?

Sem a tua voz?

Uma parte de mim

também foi embora

quando partiste

E agora fico assim,

sem saber o que fazer

ou para onde ir


Por que relembro o momento

em que nos deixaste?

Por que acompanhei, mesmo de longe e sem entender,

a tua caminhada para o céu?

Por que senti e ainda sinto a dor da perda

se éramos tão distantes?

Porque essa agonia e angústia

em meu peito

sobre algo tão desconexo?


Ajuda-me a entender

o que está acontecendo

Se é a minha mente impressionada

ou se, de alguma forma,

Por vibrarmos na mesma energia

tenhamos nos encontrado

para juntos trilharmos

um caminho traçado

e cumprirmos nossa missão...


24/07/2013



Ósculos e amplexos,

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Aos que se foram...


Saudações mortais...
Faz muito tempo que eu eu não escrevo aqui, desde a notícia do atropelamento de uma criança.
Semana que vem vai fazer 3 meses que o Rian foi embora e, por incrível que pareça, sinto saudades dele. Quando estou sozinha, se pensar muito, começo a chorar.
Fui à uma casa espírita para tentar entender o que estava acontecendo e pediram que eu tivesse paciência, mas que continuasse a frequentar as sessões. Que esta não era nem a primeira vez nem a última vez que isso iria acontecer.
Não sou dona do tempo e não posso utilizá-lo ao meu favor, mas eu queria muito que tudo isso se esclarecesse. Este clima de incerteza, se estou louca ou não, me mata e eu queria que alguém falasse de forma mais prática do motivo dessas situações.
Certo sábado (creio dia 20) eu estava na sacada olhando distraída para a rua, quando passou um ônibus e, nesse ônibus tinha um menino de cabelo preto que ficou olhando direto para mim. No meio do trajeto ele abanou pra mim, que fiquei com medo pensando em não abanar, pois ele poderia saber onde moro e vir atrás de mim. Depois achei graça dessa situação, porque era óbvio que o jovem já sabia onde eu morava só pelo fato de ver meu prédio. Quando o ônibus virou na curva e o garoto ainda me olhava, decidi finalmente abanar de forma tímida, até o ônibus sumir. Coisa estranha isso, fiquei pensando comigo mesma. Algo desse tipo nunca aconteceu antes...
De repente, veio em minha mente que o menino poderia ter sido o Rian e isso me espantou mais ainda... Perguntei aos conhecidos se era possível uma pessoa ver um espírito no meio dos vivos, como aconteceu no caso do ônibus. Um disse que sim, mas que a pessoa tinha que ser muito médium para ver o espírito. Outro disse para eu parar de encontrar algum coisa na situação, pois poderia ser um aviso de acidente de trânsito e se eu ficasse procurando, encontraria.
Sei lá, as pessoas só confundiram em vez de ajudar. Sendo assim, não me resta outra alternativa: tenho que seguir com o que meu inconsciente diz: continuar investigando essa situação, afinal as coisas não acontecem sem ter um motivo. Se fosse para eu nunca mais pensar no menino então tudo isso não teria razão de existir. Pode demorar, mas ainda vou chegar a algum lugar... Ah se vou...
 
Até a próxima,
 
 

terça-feira, 16 de julho de 2013

A Vida e a Morte

      Saudações Mortais...

      Estou dizendo, tudo sempre acontece ao contrário. Quando eu queria a Indesejada das Gentes por perto, nada acontecia. Agora que nem penso tanto nisso, Ela vive me rondando.
      Semana passada aconteceu um evento triste, mas que nada tem a ver comigo, mas eu simplesmente senti tanto como se fosse comigo.
     Colocarei as informações sobre o ocorrido e depois meus sentimentos com relação a isso.
 
Vítima do trânsito11/07/2013 | 20h14
Manifestação devido à morte de criança trancou a Juca Batista, em Porto Alegre
Rian Ritriel Neves Correa, oito anos, foi atropelado por um ônibus por volta do meio-dia de quarta.
Uma manifestação devido a morte de uma criança trancou a Avenida Juca Batista no final da tarde desta quinta-feira. No local, zona sul de Porto Alegre, Rian Ritriel Neves Correa, oito anos, foi atropelado por um ônibus por volta do meio-dia de quarta-feira.
Moradores da região bloquearam o trânsito e atearam fogo em pneus no meio da pista, conforme o Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, que apagou as chamas. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que esteve no local orientando o desvio do fluxo, informa que a passagem está liberada para veículos nesta noite.
Na noite de quarta-feira, nas proximidades do Beco São João, onde morariam familiares de Rian, ônibus foram atingidos por pedras e coquetel molotov.
Criança é atropelada por ônibus e morre na zona sul de Porto Alegre
Rian Ritriel Neves Correa, de oito anos, estava indo para a escola quando foi atingido pelo veículo

Um menino de oito anos morreu atropelado por volta das 12h30min desta quarta-feira na Avenida Juca Batista, na zona sul da Capital.
Conforme informações da Brigada Militar, Rian Ritriel Neves Correa foi atingido por um ônibus quando atravessava a avenida.
A criança, que estava indo para a escola sozinha, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
11/07/2013 18:57 - Atualizado em 11/07/2013 19:01
Protesto fecha avenida Juca Batista, na zona Sul de Porto Alegre
No local, um ônibus foi apedrejado e outro foi atingido por um coquetel molotov ontem.

  
Uma manifestação de moradores interrompe o trânsito na avenida Juca Batista, próximo à Hípica. No local, o menino Rian Ritriel Neves Soares, de 8 anos, morreu atropelado por um ônibus da linha Itapuã, nessa quarta-feira. Ativistas atearam fogo a pneus e fizeram uma barricada no local. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) está no local para desviar o trânsito pela Edgar Pires de Castro, no sentido centro-bairro, e pela Gedeon Leite, no sentido contrário.

Moradores da região exigem uma sinaleira e um quebra-mola no trecho, onde além da Escola Estadual Chapéu do Sol, onde Rian era aluno, há um curso de inglês nas proximidades. Não há faixa de segurança, nem acostamento no trecho.

Perto das 23h de ontem, um coquetel molotov foi jogado em um ônibus que fazia a linha Belém Novo, no bairro Lami, zona Sul de Porto Alegre. O local é próximo onde mora a família do menino. De acordo com o 21º BPM, o coletivo só não incendiou graças à ação rápida de um policial militar à paisana no veículo. Pouco antes do incidente, por volta das 21h30min, pedras já haviam sido jogadas contra outro ônibus na região, conforme a Brigada Militar.

Menino morre atropelado na zona Sul da Capital
Juca Batista ficou parcialmente bloqueada nas imediações da Edgar Pires de Castro

   

Um menino morreu atropelado, no início da tarde desta quarta-feira, por um ônibus da linha Itapuã, na avenida Juca Batista, próximo à Edgar Pires de Castro, na zona Sul de Porto Alegre. O acidente ocorreu às 12h30min, quando a vítima, Rian Ritriel Neves Correa, de oito anos, vinha da Escola Estadual Chapéu do Sol, a três quilômetros do local do acidente (http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/chapeu/) . A perícia e familiares da criança chegaram perto das 15h.

Moradores da região exigem há tempo uma sinaleira e um quebra-mola no trecho, onde, além da escola, há um curso de inglês nas proximidades. Alexandre Vasques, de 29 anos, proprietário de uma lavagem de carros, destacou que os pedestres correm riscos diários, pois não há faixa de segurança, nem acostamento. O comandante da 1ª Companhia do 20ºBPM, major Egon, confirmou que existe pedido na EPTC para a instalação de sinaleira em frente à escola.

O trânsito foi liberado às 17h.
15/07/2013
Estava eu navegando na internet na quarta-feira passada quando, não sei como ou porquê, encontrei as notícias acima. E isso me deixou muito mal e triste, pois fiquei imaginando a cena do menino sendo atropelado. Confesso que acho 8 anos uma idade muito nova para deixar a criança ir sozinha para a escola ou para qualquer outro lugar que seja. Penso que ele devia ir sozinho para a escola, no mínimo, desde o início desse ano. Ele devia saber que a rua era perigosa, mas naquele dia ele não seguiu a recomendação de olhar para os dois lados antes de atravessar e, talvez porque estivesse com pressa de mostrar algum brinquedo para os colegas, atravessou desatento. Imagino a força da colisão do ônibus no menino para que ele falecesse no local.
O acidente foi dia 10/07/13 às 12h30min quando ele ia para a escola, mas naquele dia ele não chegou a ir e nunca mais iria... imaginem a dor dos familiares do Rian, imaginem a tristeza dos coleguinhas, que nunca mais brincarão com ele.
Essa notícia me abalou muito, porque eu também tenho um filhote de oito anos e agradeci imediatamente a quem me cuida que não foi com ele que aconteceu isso. Por isso, fiquei tão abalada com a situação. Também senti a dor sem fim dos pais que tiveram seu filho afastado tão cedo.
Provavelmente, Rian deveria estar entre a segunda e terceira séries e quantos anos mais de estudo ele tinha pela frente? Quanto tempo teria para escolher a profissão que queria? Tudo isso simplesmente acabou por um detalhe bobo: não olhar antes de atravessar (ou o motorista estava correndo..., pois sabemos como os motoristas de ônibus são, sempre passando por cima.)
Não sei como a mãe do Riam está, mas se eu passasse por uma situação dessas não sei se aguentaria. Acho que largaria tudo de mão e ficaria sentada em um canto para sempre.
É por isso que eu penso cada vez mais, que a vida não é justa e que a morte também não é. Por que viemos para cá nesse mundo tão podre, com pessoas mais podres ainda e, quando conseguimos formar um grupo perfeito para nós temos de ficar sem elas?
Por que uma mãe tem de ficar sem seu filho? Por que uma esposa tem que ficar viúva? Por que viemos para um lugar para ficarmos sozinhos?
Confesso que achei que era mais forte, muito mais forte em relação à Morte, mas não passo de uma covarde que tem medo da única coisa certa nessa vida: todos nós vamos morrer, só depende de quando a hora chegar.
Mas na real não tinha que ser assim. Por que temos de nos separar de quem amamos? Não é justo! Depois vem os Espíritas dizerem que viemos para cá para aprender sozinhos ou com os outros o que não aprendemos nas vidas passadas. Para buscar a evolução. Fala sério! Evolução de quê, se de acordo com eles, quando encarnamos novamente não lembramos de nada da vida passada. Por que não lembrar do que fizemos para não repetir os mesmos erros? Por que sentir a dor da separação em diversas vidas? Por que a solidão?
Está certa a frase: Carpem diem, mas aproveitar a vida pra quê se no final da história tudo termina da mesma forma? Por que pessoas passam tanto trabalho sem conseguir nada para morrer depois? Para quê vir para esta porcaria de planeta se as coisas estão cada vez mais ruins? E aquele que tem rios de dinheiro e se acha o máximo? No fim, esse daí também vai morrer e apodrecer como qualquer outro. O que eu não consigo entender é o motivo desse sofrimento certo. Mesmo que os espíritas criem a teoria de que há vida do outro lado e as pessoas que amamos estarão lá para nos esperar não diminui a solidão dos que ficam aqui na terra. Pedir para que as pessoas não chorem e que fiquem alegres é besteira. Qual é a pessoa em sã consciência que perde alguém que ama muito e fica alegre porque sabe que o outro está em outro nível de energia e está bem? Mesmo que isso seja verdade, a dor é a mesma e acredito que seja ainda pior porque tu sabes que quem tu amas está vivo em outra dimensão, mas tu não o vês, não o escutas e não podes tocar nele! Para quê esse sofrimento maior? Por que conviver anos com a mesma pessoa sabendo que, um dia, seremos separados dela? Por que saber que um dia nós deixaremos nossos filhos? Ninguém deveria ser separado dos que ama nunca! Ainda mais se for em uma situação que aconteceu com o pequeno  Rian que foi cedo demais embora. Não sei porque, mas hoje faz sete dias que a criança faleceu e eu, como uma estúpida, procuro todos os dias na internet alguma notícia a mais sobre o que aconteceu depois. O motorista foi inocentado ou culpado? Qual será a pena para ele?
Sério, achei que o fato de ser bipolar podia resolver isso, mas acho que não. Mas confesso que precisava entender o motivo de eu ficar tão chocada assim com o fato e buscar desesperadamente por alguma notícia ou até foto do menino, quem sabe tentar consolar a mãe ou os familiares... sei lá.
No mínimo, seria bom se nós não tivéssemos consciência disso. Deveríamos ter um bloqueio quando a Indesejada das Gentes chegasse e levasse os que amamos. Não haveria sofrimento e solidão (já basta tantas coisas ruins que passamos aqui...)
Digo isso com propriedade, pois recentemente Ela veio me visitar, mas não era a mim que queria e sim meu marido. Foram minutos apenas, mas o tempo suficiente para eu me sentir inútil, incapaz de fazer qualquer coisa para salvá-lo, apenas impotente contra uma força acima de qualquer outra (até mesmo de deus ou o do Diabo). Aquele segundo em que o brilho dos olhos não existem mais e a pessoa que tu amas não está mais ali. Apenas o vazio, apenas um invólucro abandonado... e por mais que grites e te desesperes, não há nada a fazer, porque você e nada é a mesma coisa, é infinitamente inferior a essa força. Mas sinto-me sortuda, pois meu marido voltou depois de alguns minutos e eu respirei aliviada, porém assustada, por ter provado um décimo do que Ela pode fazer conosco, reles mortais...
  E por isso acredito que os vampiros tenham uma origem real, mas na verdade, esses seres tão fortes, misteriosos e poderosos nada mais são do que os profundos desejos dos humanos de serem intocáveis ao abraço frio da Morte.


 
 
 
 

 
 
                Sem comentários... não vejo fundamento algum em situações come essas acontecerem. É tristeza demais...
                Se existe mesmo um lugar para onde vamos depois daqui, eu desejo que ele esteja bem e, apesar de tudo, em paz.