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terça-feira, 16 de julho de 2013

A Vida e a Morte

      Saudações Mortais...

      Estou dizendo, tudo sempre acontece ao contrário. Quando eu queria a Indesejada das Gentes por perto, nada acontecia. Agora que nem penso tanto nisso, Ela vive me rondando.
      Semana passada aconteceu um evento triste, mas que nada tem a ver comigo, mas eu simplesmente senti tanto como se fosse comigo.
     Colocarei as informações sobre o ocorrido e depois meus sentimentos com relação a isso.
 
Vítima do trânsito11/07/2013 | 20h14
Manifestação devido à morte de criança trancou a Juca Batista, em Porto Alegre
Rian Ritriel Neves Correa, oito anos, foi atropelado por um ônibus por volta do meio-dia de quarta.
Uma manifestação devido a morte de uma criança trancou a Avenida Juca Batista no final da tarde desta quinta-feira. No local, zona sul de Porto Alegre, Rian Ritriel Neves Correa, oito anos, foi atropelado por um ônibus por volta do meio-dia de quarta-feira.
Moradores da região bloquearam o trânsito e atearam fogo em pneus no meio da pista, conforme o Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, que apagou as chamas. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que esteve no local orientando o desvio do fluxo, informa que a passagem está liberada para veículos nesta noite.
Na noite de quarta-feira, nas proximidades do Beco São João, onde morariam familiares de Rian, ônibus foram atingidos por pedras e coquetel molotov.
Criança é atropelada por ônibus e morre na zona sul de Porto Alegre
Rian Ritriel Neves Correa, de oito anos, estava indo para a escola quando foi atingido pelo veículo

Um menino de oito anos morreu atropelado por volta das 12h30min desta quarta-feira na Avenida Juca Batista, na zona sul da Capital.
Conforme informações da Brigada Militar, Rian Ritriel Neves Correa foi atingido por um ônibus quando atravessava a avenida.
A criança, que estava indo para a escola sozinha, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
11/07/2013 18:57 - Atualizado em 11/07/2013 19:01
Protesto fecha avenida Juca Batista, na zona Sul de Porto Alegre
No local, um ônibus foi apedrejado e outro foi atingido por um coquetel molotov ontem.

  
Uma manifestação de moradores interrompe o trânsito na avenida Juca Batista, próximo à Hípica. No local, o menino Rian Ritriel Neves Soares, de 8 anos, morreu atropelado por um ônibus da linha Itapuã, nessa quarta-feira. Ativistas atearam fogo a pneus e fizeram uma barricada no local. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) está no local para desviar o trânsito pela Edgar Pires de Castro, no sentido centro-bairro, e pela Gedeon Leite, no sentido contrário.

Moradores da região exigem uma sinaleira e um quebra-mola no trecho, onde além da Escola Estadual Chapéu do Sol, onde Rian era aluno, há um curso de inglês nas proximidades. Não há faixa de segurança, nem acostamento no trecho.

Perto das 23h de ontem, um coquetel molotov foi jogado em um ônibus que fazia a linha Belém Novo, no bairro Lami, zona Sul de Porto Alegre. O local é próximo onde mora a família do menino. De acordo com o 21º BPM, o coletivo só não incendiou graças à ação rápida de um policial militar à paisana no veículo. Pouco antes do incidente, por volta das 21h30min, pedras já haviam sido jogadas contra outro ônibus na região, conforme a Brigada Militar.

Menino morre atropelado na zona Sul da Capital
Juca Batista ficou parcialmente bloqueada nas imediações da Edgar Pires de Castro

   

Um menino morreu atropelado, no início da tarde desta quarta-feira, por um ônibus da linha Itapuã, na avenida Juca Batista, próximo à Edgar Pires de Castro, na zona Sul de Porto Alegre. O acidente ocorreu às 12h30min, quando a vítima, Rian Ritriel Neves Correa, de oito anos, vinha da Escola Estadual Chapéu do Sol, a três quilômetros do local do acidente (http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/chapeu/) . A perícia e familiares da criança chegaram perto das 15h.

Moradores da região exigem há tempo uma sinaleira e um quebra-mola no trecho, onde, além da escola, há um curso de inglês nas proximidades. Alexandre Vasques, de 29 anos, proprietário de uma lavagem de carros, destacou que os pedestres correm riscos diários, pois não há faixa de segurança, nem acostamento. O comandante da 1ª Companhia do 20ºBPM, major Egon, confirmou que existe pedido na EPTC para a instalação de sinaleira em frente à escola.

O trânsito foi liberado às 17h.
15/07/2013
Estava eu navegando na internet na quarta-feira passada quando, não sei como ou porquê, encontrei as notícias acima. E isso me deixou muito mal e triste, pois fiquei imaginando a cena do menino sendo atropelado. Confesso que acho 8 anos uma idade muito nova para deixar a criança ir sozinha para a escola ou para qualquer outro lugar que seja. Penso que ele devia ir sozinho para a escola, no mínimo, desde o início desse ano. Ele devia saber que a rua era perigosa, mas naquele dia ele não seguiu a recomendação de olhar para os dois lados antes de atravessar e, talvez porque estivesse com pressa de mostrar algum brinquedo para os colegas, atravessou desatento. Imagino a força da colisão do ônibus no menino para que ele falecesse no local.
O acidente foi dia 10/07/13 às 12h30min quando ele ia para a escola, mas naquele dia ele não chegou a ir e nunca mais iria... imaginem a dor dos familiares do Rian, imaginem a tristeza dos coleguinhas, que nunca mais brincarão com ele.
Essa notícia me abalou muito, porque eu também tenho um filhote de oito anos e agradeci imediatamente a quem me cuida que não foi com ele que aconteceu isso. Por isso, fiquei tão abalada com a situação. Também senti a dor sem fim dos pais que tiveram seu filho afastado tão cedo.
Provavelmente, Rian deveria estar entre a segunda e terceira séries e quantos anos mais de estudo ele tinha pela frente? Quanto tempo teria para escolher a profissão que queria? Tudo isso simplesmente acabou por um detalhe bobo: não olhar antes de atravessar (ou o motorista estava correndo..., pois sabemos como os motoristas de ônibus são, sempre passando por cima.)
Não sei como a mãe do Riam está, mas se eu passasse por uma situação dessas não sei se aguentaria. Acho que largaria tudo de mão e ficaria sentada em um canto para sempre.
É por isso que eu penso cada vez mais, que a vida não é justa e que a morte também não é. Por que viemos para cá nesse mundo tão podre, com pessoas mais podres ainda e, quando conseguimos formar um grupo perfeito para nós temos de ficar sem elas?
Por que uma mãe tem de ficar sem seu filho? Por que uma esposa tem que ficar viúva? Por que viemos para um lugar para ficarmos sozinhos?
Confesso que achei que era mais forte, muito mais forte em relação à Morte, mas não passo de uma covarde que tem medo da única coisa certa nessa vida: todos nós vamos morrer, só depende de quando a hora chegar.
Mas na real não tinha que ser assim. Por que temos de nos separar de quem amamos? Não é justo! Depois vem os Espíritas dizerem que viemos para cá para aprender sozinhos ou com os outros o que não aprendemos nas vidas passadas. Para buscar a evolução. Fala sério! Evolução de quê, se de acordo com eles, quando encarnamos novamente não lembramos de nada da vida passada. Por que não lembrar do que fizemos para não repetir os mesmos erros? Por que sentir a dor da separação em diversas vidas? Por que a solidão?
Está certa a frase: Carpem diem, mas aproveitar a vida pra quê se no final da história tudo termina da mesma forma? Por que pessoas passam tanto trabalho sem conseguir nada para morrer depois? Para quê vir para esta porcaria de planeta se as coisas estão cada vez mais ruins? E aquele que tem rios de dinheiro e se acha o máximo? No fim, esse daí também vai morrer e apodrecer como qualquer outro. O que eu não consigo entender é o motivo desse sofrimento certo. Mesmo que os espíritas criem a teoria de que há vida do outro lado e as pessoas que amamos estarão lá para nos esperar não diminui a solidão dos que ficam aqui na terra. Pedir para que as pessoas não chorem e que fiquem alegres é besteira. Qual é a pessoa em sã consciência que perde alguém que ama muito e fica alegre porque sabe que o outro está em outro nível de energia e está bem? Mesmo que isso seja verdade, a dor é a mesma e acredito que seja ainda pior porque tu sabes que quem tu amas está vivo em outra dimensão, mas tu não o vês, não o escutas e não podes tocar nele! Para quê esse sofrimento maior? Por que conviver anos com a mesma pessoa sabendo que, um dia, seremos separados dela? Por que saber que um dia nós deixaremos nossos filhos? Ninguém deveria ser separado dos que ama nunca! Ainda mais se for em uma situação que aconteceu com o pequeno  Rian que foi cedo demais embora. Não sei porque, mas hoje faz sete dias que a criança faleceu e eu, como uma estúpida, procuro todos os dias na internet alguma notícia a mais sobre o que aconteceu depois. O motorista foi inocentado ou culpado? Qual será a pena para ele?
Sério, achei que o fato de ser bipolar podia resolver isso, mas acho que não. Mas confesso que precisava entender o motivo de eu ficar tão chocada assim com o fato e buscar desesperadamente por alguma notícia ou até foto do menino, quem sabe tentar consolar a mãe ou os familiares... sei lá.
No mínimo, seria bom se nós não tivéssemos consciência disso. Deveríamos ter um bloqueio quando a Indesejada das Gentes chegasse e levasse os que amamos. Não haveria sofrimento e solidão (já basta tantas coisas ruins que passamos aqui...)
Digo isso com propriedade, pois recentemente Ela veio me visitar, mas não era a mim que queria e sim meu marido. Foram minutos apenas, mas o tempo suficiente para eu me sentir inútil, incapaz de fazer qualquer coisa para salvá-lo, apenas impotente contra uma força acima de qualquer outra (até mesmo de deus ou o do Diabo). Aquele segundo em que o brilho dos olhos não existem mais e a pessoa que tu amas não está mais ali. Apenas o vazio, apenas um invólucro abandonado... e por mais que grites e te desesperes, não há nada a fazer, porque você e nada é a mesma coisa, é infinitamente inferior a essa força. Mas sinto-me sortuda, pois meu marido voltou depois de alguns minutos e eu respirei aliviada, porém assustada, por ter provado um décimo do que Ela pode fazer conosco, reles mortais...
  E por isso acredito que os vampiros tenham uma origem real, mas na verdade, esses seres tão fortes, misteriosos e poderosos nada mais são do que os profundos desejos dos humanos de serem intocáveis ao abraço frio da Morte.


 
 
 
 

 
 
                Sem comentários... não vejo fundamento algum em situações come essas acontecerem. É tristeza demais...
                Se existe mesmo um lugar para onde vamos depois daqui, eu desejo que ele esteja bem e, apesar de tudo, em paz.
 
 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Vazio - poema

         Saudações Mortais...

   O poema é bonito, mas terrível ao mesmo tempo, pois foi gerado a partir de uma situação real.
    Agora que não estou tão amiga da Morte... ela vive me perseguindo.

Vazio

Vi a Morte em teus olhos
E o olhar cheio de vida agora
Fitava-me sem me ver

Fiquei pequena, frágil, indefesa
contra esta força de tanta grandeza
Chamei teu nome...
Não me ouviu
Segurei teu rosto...
Não me viu

O vazio que dominou meu coração
Trouxe a certeza de que
Isto é certo ocorrer
Mas não deve ser assim
Não deve ser agora
Temos tanto a fazer,
Tanto a cuidar
O fruto do nosso amor
Precisa com os pais ficar

Então, aos poucos tu voltaste
Dizendo que tudo estava bem
Meu coração acalmou-se ressabiado
Por pensar que não estarias mais
Ao meu lado

O pior passou, eu sei
Foi apenas um desmaio
Mas foi o suficiente para
por alguns minutos
O tempo parar
Fazendo-me sentir
o teu vazio
o teu silêncio e
a tua imobilidade mórbida

A Batalha entre mim e Àquela que eu gostava
Iniciou
Por um momento acreditei
que perderia, pois lutar com tal criatura era
pura utopia

Mas quando teus olhos me
Fitaram e voltaram a brilhar
Descobri que sou mais forte
do que pensei e,
com o amor que sinto por ti,
minha vida
Te fiz voltar
E aquela que só carrega
o fim e a solidão
Desapareceu sombriamente na escuridão
Para talvez levar, de sua Lista,
os outros que estavam
mais à frente...

Vampyra Morgh


    Não era um bom momento, mas depois do que aconteceu e do que eu vi, achei que precisava escrever.
     Ósculos e amplexos.
     Até a semana que vem,


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Comercial Clio - Vampiro

 
      Saudações Mortais...
 
      Posto hoje aqui, um comercial do carro Clio. Nem é necessário dizer o motivo pelo qual gostei da propaganda, né?
 
 
 
 
 
 
     Espero que tenham gostado tanto quanto eu,
 
 

terça-feira, 11 de junho de 2013

Comercial Fiat - Vampiro

     Saudações Mortais...
  
     Navegando pela internet encontrei esse comercial sobre vampiros, muito interessante.
 
 
 
        Espero que tenham gostado do comercial.
        Até a próxima semana, 
 
 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Reporter paraibano morre ao vivo

     Saudações Mortais...
 
     Infelizmente, não tenho a referência desse vídeo, apenas salvei o link na pressa.
     Bem, de qualquer forma aí está o vídeo. Se o repórter morreu ou não, como diz o título, não sei, mas que foi engraçado ah... isso foi.
  
 
 
 
     Até a próxima,
 
 

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Fogaréu

 
      Saudações Mortais
 
 
      Faz algum tempo que eu salvei esse vídeo aqui e confesso que não lembro qual é o fundamento dele.
      Pelo título "Fogaréu", deve ser algo assustador ou, no mínimo engraçado. 

 
   
 
       Acho que deve ser mais engraçado... tipo a pessoa pegando fogo ou algo assim.
       O vídeo é muito tosco e eles filmam a mesma cena duas vezes. De alguma forma, fico feliz que a pessoa não prendeu fogo.
 
       Até a próxima semana,
 
 

quarta-feira, 20 de março de 2013

Morte

      Saudações Mortais...

Não sei o que é, mas sinto algo estranho. Talvez eu esteja perto de uma crise bipolar (depressão)... mas ultimamente me sinto triste, sufocada e muito aérea com as coisas.
 Além desse blog, tenho mais 5  (meus) e mais um no qual fui convidade a postar. Simplesmente não consigo estabelecer uma linha de raciocínio para organizar as postagens e o conteúdo de cada blog. Quando tenho as ideias, normalmente estou presa na minha sala de bibliotecária para catalogar os benditos livros. E isso me mata aos poucos (ficou estranha a frase para um imortal, mas vá lá...)
  Às vezes dá uma agonia olhar pela janela e ver um tempo lindo lá fora e eu aqui, presa nessa sala. Sei que se eu quisesse sair ninguém me impediria, mas eu seria descontada no salário. Acho que não faço isso para não ter de me incomodar com a minha superior.
  Mas toda a vez que eu olho pela janela sinto um desespero tão grande que dá vontade de gritar. É como se a vida estivesse acontecendo lá fora e eu estive morta aqui dentro.
  É todo o dia a mesma coisa, passar 8 horas em um lugar fazendo a mesma coisa. Ironia da vida? Eu que abomino rotina tive a "inteligente" ideia de escolher a profissão mais rotineira do mundo. Onde é que eu estava com a cabeça quando fiz isso?
  Como a maioria dos bipolares, adoro tudo o que tem a ver com arte e criação. Eu sou uma pessoa criativa na essência. Escrevo, produzo bijouterias, desenho, pinto, bordo, faço trico, crochê e se eu relembrar, posso voltar a tocar piano e violino. Sou dona de 6 blogs que, acredito, são criativos. E, apesar de tudo isso, resolvi escolher biblioteconomia. A profissão é linda, mas é muito técnica e repetitiva. E eu não vi isso quando fiz a faculdade...
   E agora não tenho vontade de fazer outro curso. O que eu queria mesmo era sair por aí, caminhar, encontrar novidades e depois contar o que achei.
   Essa coisa do tempo passar rápido demais e eu não aproveitar me agonia. Por incrível que pareça desde o início do ano eu estou assim, com a sensação de perda. Nunca em toda a minha vida eu tive tanta ciência da Morte, nunca Ela foi tão palpável. Sei que não posso pensar assim, mas meu coração aperta quando olho meu marido e meu filho e sei que um dia vou me separar deles. Não quero saber se vou encontrá-los do outro lado da vida, o que me angustia é essa certeza. A certeza de que eu vou morrer, de quem eu amo eu nunca mais vou ver. E isso tem me deixado  desesperada. Penso em falar com meu marido, mas nem sei se vou conseguir por começar a chorar.
   Confesso: não quero pensar na Morte (por mais que eu a tenha desejado, agora eu quero distância dela), quero viver minha vida junto aos que amo sem ficar nessa paranoia. Mas não sei se consigo. Seria essa sensação algum sintoma bipolar?
    Acho que a vida deveria ser como naquele filme do Brad Pitty: nascer velho e morrer novo. Quando se nasce, não lembramos de nada (ao menos eu não lembro de como foi quando nasci). À medida em que crescemos, vamos caminhando lentamente para o fim. E vemos tudo ao nosso redor mudar. Já não temos mais o mesmo fôlego de antes, não somos mais jovens e às vezes precisamos que outras pessoas nos auxiliem para que consigamos fazer determinada coisa. Então, por que morrer velho, com consciência de que estamos velhos? Por que não nascer velho e morrer jovem? Se fosse assim, acho que seria uma morte muito linda: morreríamos muito jovens e, por sermos jovens (como bebês) não teríamos a mesma consciência de um idoso e não nos desesperaríamos por estarmos morrendo não teríamos noção da Morte e da ausência dos que amamos.
   Ou melhor ainda: deveríamos ser vampiros, para transformarmos quem amamos em imortais. Nós jamais iríamos nos separar, nunca mais envelheceríamos e teríamos todo o tempo do mundo para VIVER A VIDA, coisa que não fazemos hoje por causa da maldita falta de tempo. Não sofreríamos com a dor e com a ausênci e, finalmente, nós seríamos livres.